Belém tem 12ª cesta básica mais cara do Brasil

É o que aponta novo levantamento do Dieese em 16 capitais pesquisadas
Cesta básica consome 52,34% do salário mínimo em Belém

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Brasília – Custando em média R$ 532,56, acumulando alta de 15,97% nos últimos 12 meses, a cesta básica de alimentos de Belém é a 12ª mais cara do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realizada em 17 capitais. Em outubro, custo da cesta aumentou em 16 cidades. Em Belém o aumento foi de 0,46% o que equivale ao comprometimento de 52,34% do salário mínimo apenas para a compra de alimentos na capital dos paraenses.

As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%). Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).

Segundo a PNCBA, a cesta mais cara registrada foi a de São Paulo, custando cerca de R$ 673,45, seguida pelas cidades de de Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06).

O Dieese estimou que, com base no valor da cesta, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 5.657,66, “o que corresponde a 5,14 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100”. O órgão informa que o cálculo para a estimativa do salário mínimo ideal leva em conta uma família de 4 pessoas, com 2 adultos e 2 crianças.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 56,53% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 55,93%.

Levantamento do Dieese em 17 capitais

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.