A Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, conseguiu capturar da atmosfera 176 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) – responsável por cerca de 75% do aquecimento global –, plantando 2.265.963 mudas nativas da região amazônica. Desde 2011, a hidrelétrica desenvolve ações voltadas à restauração florestal e já recuperou, até o momento, 2,5 mil hectares de floresta, o equivalente a 3 mil campos de futebol.
Para se ter ideia do que isso representa, com o plantio de apenas uma árvore, cerca de 15,4 kg de CO2 são removidos da atmosfera por ano, contribuindo de forma significativa para o enfrentamento das mudanças climáticas. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o processo de retirada de dióxido de carbono da atmosfera pode ser feito a partir da melhoria dos processos naturais existentes, por exemplo, aumentando a absorção por meio de árvores.
Isso porque as árvores funcionam como o ar-condicionado natural do planeta, liberando vapor d’água por meio das folhas, o que refresca o ar e aumenta a umidade. Dessa forma, a restauração florestal é um importante meio para ajudar a reverter as mudanças climáticas e o aquecimento global. Além disso, as áreas recuperadas contribuem para a manutenção da biodiversidade local, da proteção do solo e dos recursos hídricos, essenciais para o equilíbrio ecológico da região.
“O reflorestamento é uma das estratégias mais eficazes para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger a diversidade biológica. Os resultados alcançados até agora refletem nosso compromisso com a sustentabilidade e com o futuro da Amazônia. As ações de recuperação ambiental não apenas fortalecem o ecossistema, mas também beneficiam as comunidades locais, promovendo qualidade de vida e desenvolvimento sustentável,” destaca Bruno Bahiana, superintendente Socioambiental e do Componente Indígena da Norte Energia.
A meta do licenciamento ambiental da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, é recuperar 7,6 mil hectares de floresta amazônica até 2045, o que corresponderá a 5,5 milhões de mudas nativas plantadas.
Projetos para preservação da Amazônia
Os esforços da companhia dialogam com iniciativas de órgãos do governo federal para reflorestamento e preservação da Amazônia. Ao mesmo tempo que promove a restauração ecológica, a atividade também vem gerando trabalho e renda para a população local.
Há 14 anos a empresa executa o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que visa o planejamento, a execução e o monitoramento de ações voltadas para a recuperação ambiental das áreas afetadas pela implantação das obras civis da hidrelétrica. A atividade contempla ações como coleta de sementes, conformação e estabilização do terreno com sistemas de drenagem e até o momento resultou em 1.724.255 das mudas plantadas. Isso equivale à recuperação de 1.607,38 hectares de área, aproximadamente 95% do total planejado para o programa.
Além disso, o licenciamento ambiental do empreendimento compreende o Programa de Recomposição da Cobertura Vegetal, executado nas Áreas de Preservação Permanente (APP) dos Reservatórios de Belo Monte. Na região já foram plantadas 541.708 mudas. As APPs são áreas legalmente protegidas, que desempenham um papel vital na manutenção do equilíbrio ecológico ao promover a qualidade do ar, regular o ciclo da água e proteger o solo. A empresa também realizou a doação de 29.546 mudas para instituições ambientais e órgãos governamentais.
Estruturado e mantido pela Norte Energia desde 2015, o Centro de Monitoramento Remoto da Funai (CRM), que ajuda a proteger 98% das Terras Indígenas do país, onde vivem 868 mil indígenas, é outro poderoso instrumento para combater a destruição de florestas. Conectado ao satélite americano Landsat-8, o CRM monitora e analisa imagens e dados para combater desmatamentos, degradação, incêndios florestais e ocupação e uso criminosos em cerca de 600 TIs da Amazônia Legal.