Reforçando o seu papel fundamental para a segurança energética do Brasil, a Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Pará, foi a que mais gerou energia para o país no primeiro mês de 2025, respondendo por 6% de toda a demanda nacional. No horário de ponta, entre 18h e 21h, quando acontece o pico de consumo de energia, a usina chegou a fornecer 12% da energia consumida no Brasil, gerando 10.400 MW.
A produção de Belo Monte atingiu média de 6.082 MWmed, sendo a única a alcançar essa geração no período. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O resultado acontece após a crise hídrica de 2024 na Região Norte, consequência do longo período de escassez de chuvas que impactou a produção de hidrelétricas, principal matriz da geração de energia no Brasil. Belo Monte retomou a capacidade plena de produção e tem sido essencial para garantir o abastecimento de energia elétrica nacional.
“A geração de Belo Monte em janeiro demonstra a resiliência do nosso trabalho e a importância da energia hidrelétrica para a segurança do sistema interligado brasileiro, sobretudo nos horários de ponta, quando há alto consumo da população”, afirma Paulo Roberto Pinto, presidente da Norte Energia, concessionária da usina.
E conclui: “Seguimos trabalhando para garantir a segurança energética do país com confiabilidade na operação da usina e reafirmando-a como um ativo estratégico”.
Para além do atendimento à demanda imediata, a usina atua ainda como elemento fundamental, dando suporte à operação das renováveis intermitentes. O empreendimento também contribui para a estabilidade do sistema elétrico ao permitir o armazenamento de água nos reservatórios de outras hidrelétricas, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Isso garante uma reserva estratégica para o país.
A produção de Belo Monte também se mostra historicamente fundamental ao evitar o acionamento de usinas térmicas, principalmente, em horários de pico de consumo nacional, evitando a emissão de toneladas de CO2 na atmosfera. Além disso, Belo Monte é a hidrelétrica que menos emite no bioma amazônico, segundo pesquisa do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo constatou que a usina é a quinta mais eficiente do Brasil em termos de taxa de intensidade de gases poluentes e calcula que, entre cinco e dez anos, a área alagada do empreendimento apresente progressivamente emissões ainda menores.