A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), lançou a Campanha da Fraternidade 2016. Em Marabá, assim como na maioria das cidades brasileiras, o evento de lançamento oficial da campanha aconteceu na Quarta Feira de Cinzas (10) com missa na catedral diocesana do município.
Esse ano, a campanha tem como foco o saneamento básico, o desenvolvimento, a saúde integral e a qualidade de vida. Traz o tema: “Casa Comum, Nossa Responsabilidade” e o lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.
O bispo da diocese de Marabá, Dom Vital Corbellini, explica sobre o tema, reforçando que todos são chamados a um empenho para a concretização da campanha da fraternidade. “Queremos levar as pessoas ao debate do saneamento básico no Brasil que versa sobre o abastecimento de água potável, esgoto sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, o controle de transmissores de doenças, drenagem de águas pluviais que são medidas necessárias para ter saúde e vida digna”, destaca.
Segundo o sacerdote, a escolha do tema vem sendo discutida desde o ano passado e a vontade é de responder aos anseios do povo de Deus, com debates de assuntos em nível familiar, comunitário e social. Diz ainda que a campanha é dada em nível ecumênico, feita com outras igrejas que fazem parte do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.
“A Igreja está empenhada para que todos os municípios possam aderir ao Plano Nacional de Saneamento Básico ou procure fazer algo nesse sentido. A Casa Comum é o lugar onde habitamos; o presente de Deus na qual necessita de ações urgentes para o seu cuidado”, ressalta o bispo, acrescentado que o cuidado com a casa não depende apenas do poder público.
“As responsabilidades são comuns e diversas, o poder público deve implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico, zelar pelos espaços públicos para assim sonhar a realidade do profeta Amós, de ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”, afirma Dom Vital Corbellini.
O bispo destaca ainda que é preciso ter mudança nas atitudes do poder público e de cada cidadão. “Queremos mudanças de paradigmas na sociedade de consumo. Que transformem o rio poluído em água cristalina com muitos peixes, a terra seca em uma terra renovada e abundante e, dessa forma, poderemos celebrar o projeto da Casa Comum por gerações e gerações”, finaliza Dom Vital.