Oficialmente, a Black Friday acontece na última sexta-feira de novembro, que neste ano será dia 29, mas as empresas já começam a preparar promoções para a data bem antes. A estimativa, de acordo com o estudo ‘Panorama do Consumo | Black Friday 2024’, realizado pelo Mercado Livre e Mercado Pago, é que que 85% dos participantes pretendem comprar na Black Friday deste ano, aumento de 5 pontos percentuais na comparação com igual período do ano passado. Especialistas destacam que é possível comprar produtos com desconto antes, durante e até mesmo depois da Black Friday.
“Durante o ano todo, temos várias datas sazonais que trazem oportunidades de compra a preços vantajosos, uma vez que o varejo tem sido muito pressionado para gerar volume de venda, manter tração em um momento de juros ainda altos na economia, além de algumas questões macroeconômicas mais desafiadoras”, diz Fernando Moulin, partner da Sponsorb, professor e especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente.
Ele comenta que muitas ofertas começam logo após o Dia das Crianças e se estendem até a Black Friday. “Os varejistas têm chamado esse período de Black November. Nessa janela já é comum encontrar várias ofertas, ou seja, já existe uma antecipação para buscar o consumidor, isso tudo com uma concorrência enorme”, resssalta o especialista.
O fato é que os varejistas têm antecipado os períodos de oferta. “Há poucos anos, era Black Friday e Cyber Monday (focada em produtos eletrônicos). Depois, começou a ter o Black November e, agora, já podemos observar varejistas iniciando a Black Friday, já em outubro, com tudo. É questão de o consumidor pesquisar e comparar.”
O Mercado Livre, por exemplo, lançou a campanha ‘Tá na Sua Mão’, que durante 43 dias de promoção personalidades como Maisa e Marcos Mion reforçam a conexão com o público jovem, enquanto QR Codes integrados em diversas plataformas, desde redes sociais até televisão, garantem que os consumidores possam explorar as oportunidades da Black Friday de forma prática e acessível.
A empresa diz que neste ano a decisão de aproveitar a melhor Black Friday da história é colocada diretamente nas mãos do consumidor, que poderá aproveitar tanto um super desconto (bait offers) quanto um cupom no preço final. A campanha oferece descontos de até 70% OFF, frete grátis com Meli+ e achadinhos a partir de R$ 29.
“A Maisa é uma celebridade que alcança um público amplo e diverso, além de ter uma construção sólida de credibilidade e engajamento com o público jovem, que estrategicamente está em nosso radar. Ao lado do Mion, ela vai mixar nossas
mensagens e ajudar os consumidores a terem mais uma Black Friday de sucesso”, comenta Iuri Maia, diretor de estratégia de marca do Mercado Livre.
Fique atento
A compra antes da data oficial, no entanto, depende de três fatores:
– o item procurado
– a condição do consumidor
– e a necessidade naquele momento.
“Eu mesmo, em alguns momentos, já tenho comprado agora porque os preços chegaram num patamar que eu considero vantajoso se comparado ao preço que eu vinha monitorando no mercado. Ainda que tenham chances de ofertas depois da Black Friday, os prazos de entrega se dilatam e têm alguns itens que eu tenho a necessidade com maior urgência”, diz .
Ele comenta que se o consumidor não tem muita urgência e está com tempo, pode pesquisar melhor. “Nesses casos, vale a pena seguir na espera, monitorando o mercado porque pode vir uma nova oportunidade, mas é importante ressaltar que a oferta pode ficar só na promessa. Então, o próprio consumidor tem que estar ciente para não se arrepender.”
O especialista ressalta ainda que durante todo o mês de novembro, os varejistas fazem muitas promoções. “Cada vez mais isso tem acontecido e confesso que, muitas vezes, são melhores do que as ofertas da própria data, que são restritas a alguns produtos, mas nem todos tÊm seu preço reduzido no mesmo período (apenas na data sazonal). Sendo assim, vale a pena monitorar e acompanhar a movimentação de preços.”
Dicas
Faça seu planejamento financeiro
Na Black Friday, os descontos podem chegar a 80%, mas as promoções não devem ser o único fator que leva o cliente às compras. É importante ter um planejamento financeiro sobre o que deseja comprar, quanto custa, e como pode pagar sem se endividar.
Acompanhe os preços
É recomendado monitorar com antecedência os preços dos produtos que te interessam. Com isso, a base de comparação das ofertas é maior e é mais fácil saber o melhor momento de compra. É isso que fará a diferença entre um bom negócio antecipado ou uma compra mal feita.
“Monitorar, inclusive, com o uso de sites que detalham preços semanais médios dos produtos que estão sendo pesquisados para poder ver se o preço realmente baixou nesse período ou se não”, diz Moulin.
Aproveite as promoções-relâmpago
Ofertas repentinas podem aparecer em diversos horários e acabar em poucos minutos, e podem ser uma boa oportunidade para que o cliente aproveite para obter o produto que deseja antes da sexta-feira do evento. Porém, a recomendação é a mesma: vale para quem sabe o que está procurando e está atento aos preços, para evitar prejuízos ou mesmo pagar um valor que poderia ser menor depois.
Fique atento às formas de pagamento
Algumas ofertas possuem grande desconto para pagamentos à vista, outras podem ser parceladas em diversas vezes. A dica é ficar atento ao preço que aparece no carrinho ao final da compra, aos juros em caso de parcelamento, e também em todas as informações na hora de pagar com boleto ou Pix.
A vontade de aproveitar um super desconto pré-Black Friday não pode ser maior do que a atenção para fechar a compra: criminosos se aproveitam para desviar as transferências do cliente na modalidade à vista. A pessoa paga via Pix ou boleto e o dinheiro cai em uma conta que não é a do e-commerce.
Cuidado com sites desconhecidos
Em sites que você não conhece, é melhor evitar comprar por impulso. Mais do que aproveitar as ofertas, é importante garantir que a compra seja segura. Por isso, verifique a autenticidade da página, busque referências e pesquise sua reputação para não cair em armadilhas e ficar no prejuízo.
(Fonte: InfoMoney)