As ações de combate à dengue e ao mosquito transmissor da doença continuam surtindo efeito positivo no Pará. O 11º informe sobre a situação da dengue no Estado, divulgado nesta quinta-feira (6), aponta redução significativa nas ocorrências, na comparação com o ano passado. De janeiro a 6 de novembro deste ano, foram confirmados 2.603 casos de dengue. No mesmo período de 2013, os números chegavam a 7.514, ou seja, redução de 65%.
Os municípios com maior número de casos confirmados são: Parauapebas (498), Senador José Porfírio (293), Belém (274), Oriximiná (190), Altamira (170), São Félix do Xingu (168), Pacajá (165) e Marabá (84). A Coordenação Estadual orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem imediatamente em 24 horas a ocorrência de casos graves e óbitos suspeitos de dengue. Neste ano, dois óbitos foram confirmados em decorrência da dengue no Pará.
Segundo a Coordenação Estadual do Programa de Controle da Dengue, para a confirmação de óbitos, é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames laboratoriais específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC), que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (Liraa), feito no mês de outubro em conjunto com Estados e municípios, em 1.463 cidades do Brasil. O Lira serve para mostrar o índice de infestação às casas para detectar o percentual de criadouros do mosquito transmissor da dengue. No Pará, 25 municípios participaram do levantamento.
Segundo o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso, a situação em Belém está sob controle. “Em Belém a situação tem melhorado pelo trabalho rotineiro da coleta de lixo feito pela prefeitura. Assim como na capital paraense, estamos intensificando as ações em conjunto com os municípios, com intuito de reduzir ainda mais os casos de dengue no Pará”, afirmou, orientando
que a população permaneça em alerta contra a dengue e evite o acúmulo de água em objetos e lixo, que podem ser transformados em criadouros para o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.
Por se tratar do mesmo transmissor da febre Chikungunya, as ações de combate ao Aedes aegypti têm sido intensificadas. Até o momento foram registrados 33 casos de Chikungunya no Pará. Destes, nove foram confirmados, oriundas de outras localidades, como Suriname, Colômbia, Oiapoque-AP e Sainte Rose, localizado na Ilha de Guadalupe, território francês no Caribe. Um caso foi diagnosticado em Santarém, um em Parauapebas e os outros em Belém. O quadro clínico dos pacientes foi acompanhado e todos tiveram cura.
Entre as atividades, a Sespa realiza o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui aos municípios, larvicidas e adulticidas. A Secretaria também realiza visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue e ainda apoiou a capacitação sobre o Chikungunya, promovida pelo Ministério da Saúde, em Belém, no período de 30 de setembro a 2 de outubro, para profissionais de saúde dos 13 Centros Regionais de Saúde e municípios do Estado.
A Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades e articula com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e a destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações, atividades de educação e mobilização, visando à participação da população no controle da dengue. (APN)