Brasília – O instituto Paraná Pesquisas acaba de publicar a sua última sondagem em São Paulo, ouvindo 1.820 eleitores em 78 municípios, por meio de entrevistas pessoais e presenciais, no maior colégio eleitoral do país. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o número BR-07854/2022. O levantamento foi realizado entre os dias 24 e 29 de abril e divulgado no sábado (30).
De acordo com o levantamento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou quase cinco pontos, em um mês, em relação ao seu principal opositor, Luiz Inácio Lula da Silva. A diferença entre os dois principais postulantes ao Planalto está dentro da margem de erro, que é de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos, carac tereizando, portanto, empate técnico.
Em relação à última pesquisa, houve uma inversão de posições. No principal cenário, que inclui o nome do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), Bolsonaro tem 35,8% das intenções de voto contra 34,9% do petista. Entre os entrevistados, 9,7% afirmaram que não irão votar em nenhum deles, anular o voto ou votar em branco. Outros 4,3% não souberam ou não quiseram responder.
No final do mês de março, Lula tinha 34,1% das intenções de voto, ante 31% do chefe do Executivo. Ou seja, em um intervalo de um mês, Bolsonaro, que busca a reeleição, cresceu quase cinco pontos percentuais.
A pesquisa também mostra João Doria, que deixou o Palácio dos Bandeirantes há um mês, com 5,5% das intenções de voto, empatado com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que tem 5,4% da preferência do eleitor paulista.
Já a senadora Simone Tebet (MDB), de atuação destacada na CPI da Covid-19, aparece com 1,9%, seguida por André Janones (Avante), que tem 1,2%, Luciano Bivar (União Brasil), com 0,6% e Luiz Felipe D’Ávila (Novo), com 0,6%.
O nome de Bivar, que comanda o partido que surgiu da fusão entre DEM e PSL, não havia sido incluído na pesquisa de março. Outra diferença entre os dois últimos levantamentos é que, no último mês, o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, que trocou o Podemos pelo União, somava 9,7% das intenções de voto. Na pesquisa de abril, no entanto, Moro não aparece como postulante à Presidência.
O ex-magistrado enfrenta resistência de uma ala da sigla ligada ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, e disse, na segunda-feira (25), em sabatina a um site de notícias de São Paulo, que pode não ser candidato “a nada”.
Se o levantamento do Paraná Pesquisas estiver preciso, hoje, qualquer dos candidatos da chamada terceira via está fora do primeiro turno. Nos questionários aplicados não é possível saber para onde foram pulverizados os votos de Sérgio Moro. Mas, é possível supor que grande parte migrou para Jair Bolsonaro.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.