Homens do 23º Grupamento Bombeiro Militar encontraram, por volta das 15h desta terça-feira (29), no Rio Parauapebas, à altura do Bairro Primavera, o corpo de Yardley Lima Martins Oliveira, 29 anos. Ele estava desaparecido desde a noite de Natal, quando foi capturado por membros de uma facção rival da qual pertencia. Em vídeo postado em grupos de WhatsApp o rapaz aparece sendo interrogado pelo tribunal do crime.
Na ocasião, ele se identifica como Dadá, cita o nome do grupo criminoso ao qual pertencia, diz que vai “rasgar a camisa” dessa facção, informa que suas referências eram Novinho e Luciano. Confessa que era “aviãozinho de droga” e diz que a facção “é um lixo”.
Em outro vídeo, Yardley Oliveira já aparece sem vida, trucidado a facadas. Mesmo morto, é alvo de pauladas na cabeça, que, em seguida, é separada do corpo por dois outros algozes, com uma faca. O rapaz morava no Bairro Liberdade II, onde foi visto com vida, pela última, vez, por volta das 19h40 do último dia 25.
A guerra entre facções criminosas começou em Taubaté (SP), em 1993, saiu dos muros das cadeias, se alastrou por todo o País, e foi para as ruas. Em Parauapebas, já fez inúmeras vítimas, a maioria jovens e adolescentes, deixando famílias destroçadas.
Eles matam uns aos outros, com requintes de extrema selvageria, sem um objetivo claro. São como zumbis a serviço do enriquecimento de bandidos que moram em mansões, andam cercados de belas mulheres, possuem helicópteros, jatinhos e iates e, quando, se veem cercados pela lei, se escondem em alguma ilha tropical paradisíaca, onde gastam os milhões auferidos por seus “soldados”. E os jovens que matam e morrem por eles, o que ganham?
(Caetano Silva)