Branca de Neve e o “Peba” Encantado

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Por Demerval Moreno – radialista

A vida imita a arte e a arte de fazer política às vezes se assemelha a um conto de fadas, daqueles bem escritos. Pelo menos é assim aqui pelas bandas de Carajás, onde as revoadas políticas pintam histórias que parecem sair do fabuloso conto dos irmãos Grimm.

Em Branca de Neve e os Sete Anões a mocinha é uma donzela alva como a neve que é perseguida, jogada ao próprio destino e abandonada nas tenebrosas entranhas de uma floresta. Lá, acaba encontrando os sete anões, que trabalham sempre cantarolando pelos recônditos da natureza exuberante. São eles: Mestre, Soneca, Dengoso, Dunga, Atchim, Feliz e Zangado. Cada um com sua personalidade a identificar-se com os nomes.

Aqui, em Parauapebas, no coração da densa Floresta de Carajás, nossos personagens são de estatura física bem maior que a dos homúnculos da estorinha que encantou gerações pelo mundo afora. Por aqui trabalham também sempre cantarolando os mistérios da política. Entre nomes e apelidos são eles: Pavão, João do Feijão (nenhuma relação com outra fábula), Josineto, Devanir, Odilon e Dr. Charles. Deve ter um Mestre e até mesmo um Zangado entre eles, agora anão mesmo (ou nanico, na linguagem do meio), por enquanto, só o Solidariedade, partido ao qual os sete se filiaram.

Até as eleições ainda vamos escutar muitas histórias (ou seriam estórias?).

2 comentários em “Branca de Neve e o “Peba” Encantado

  1. Anônimo Responder

    Criam -se novos partidos, mas continuam com a velha política para boi dormir. As raposas velhas, imediatamente migram para os novos partidos, pensando que isso vai alterar alguma coisa no cenário político ou vai melhorar a imagem deles.Precisamos de novas atitudes, ações, o povo brasileiro cansou desse lenga, lenga, que não chega a lugar nenhum.Só enrolação e a população sendo deixada para trás.

  2. Lestat Responder

    Saudações, Zé Dudu.
    Mais uma vez, dei uma lida no blog e achei curioso esse texto.
    Principalmente por que faz uma alusão à um movimento que não é local, estadual, mas nacional.
    Ora, a formação do PSD, partido organizado pelo famoso Gilberto Kassab não seguiu os mesmos moldes de formação que o recém criado “PROS”?
    A migração de parlamentares, inclusive e principalmente na escala federal, não é uma constante quando se monta uma nova estrutura partidária? De certo que não é o modo mais ortodoxo de se fazer, considerando a opinião pública, mas é uma prática da política, e tratá-la com crítica extrema ou cinismo acaba sendo tão condenável quanto o ato em si.
    O que ocorre é que a “os representantes da opinião pública”, muitas vezes, atingidos em suas pessoalidades, tendem à perder o foco do que realmente importa e param de perceber que o regime parlamentar brasileiro prevê e permite a disputa de poder e a divisão multipartidarista. Agora, a preocupação é justamente com as intenções desse novo partido, de seus líderes e a ideologia que pretendem empregar, respeitando o fato de que foram (como muitos outros tentaram e não foram bem sucedidos) eleitos pelo povo, e que suas magnas como vereadores devem ser reconhecidas, independentemente de qual “P” sigam ou representem.
    Não conheço nenhum dos sete agora “PROS” a ponto de dizer quais seriam suas intenções pessoais, por isso, não vou dar uma de Mãe Dináh ou Walter Mercado do Século XXI, e sendo assim, peço aos nossos amigos “representantes da opinião pública” que deixem o cinismo velado de lado e dêem uma chance ao que surge, como foi feito no passado recente dessa cidade e até mesmo do país.
    À todos, graça e paz!

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