Brasil bate recorde de produção de níquel com ramp up de Onça Puma

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O ramp up da Mineração Onça Puma, da Vale, em Ourilândia do Norte (PA), contribuiu para que o Brasil repetisse, em julho deste ano, o recorde de produção de 9,5 mil toneladas de níquel, segundo dados da Bloomberg. A melhor marca antes disso foi em janeiro de 2012, com 9,099 mil toneladas.

As operações em Onça Puma foram totalmente paralisadas, em junho de 2012, devido a problemas nos dois fornos e só foram retomadas quase um ano e meio depois, em novembro do ano passado. Com a reforma, os fornos passaram a utilizar novos refratários, um novo sistema de transferência de calcinado e novas unidades de abertura e tamponamento do metal.

Fornos_Onça_Puma

No segundo trimestre deste ano, a produção de Onça Puma foi de 5,2 mil toneladas de níquel contido em ferroníquel, segundo dados do relatório de resultados da Vale, mantendo cerca de 85% de sua capacidade nominal.

De acordo com a mineradora, a operação foi desacelerada pela necessidade de realizar manutenção temporária e um novo desligamento, de aproximadamente 10 dias, está previsto para que a mineradora realize reparos no calcinador à frente do forno.

Na última sexta-feira (12), a Vale afirmou que implantou, de janeiro até julho deste ano, três melhorias que contribuíram para a redução do consumo de energia elétrica em Onça Puma.

Segundo a mineradora, as melhorias ocorreram em algumas fases do processo ligadas aos fornos elétricos. Elas contribuíram para uma redução de 7% no consumo energético de Onça Puma. “Pode parecer pouco, mas esta economia, em um mês de trabalho, equivale a 4.480 MWh, suficiente para atender uma cidade de mais de 120 mil habitantes, durante 15 dias”, afirmou a Vale, em nota publicada em seu website.

A Vale informou que o forno conta agora com a operação de 33 radares, posicionados na parte superior do equipamento, que informam o nível das pilhas de minério calcinado. Quando uma das pilhas abaixa o nível, o sistema aciona automaticamente um dos 33 pontos de alimentação.

De acordo com a mineradora, a melhoria na qualidade do calcinado contribuiu para a redução do consumo de energia elétrica. “Agora a etapa de pré-redução do minério no processo de calcinação é realizada de forma mais eficiente, antes de seguir para os fornos, o que exige menos energia para o seu beneficiamento”, afirmou a Vale. Com informações da Vale e da Agência Bloomberg.