Brasil cai em ranking de turismo

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País fica em 52º lugar. Infraestrutura e violência pesam

O Brasil está perdendo espaço na indústria de turismo. Apesar de ser considerado o número um em riqueza natural no mundo, problemas de infraestrutura, falta de segurança e de mão de obra qualificada, além de regulação deficiente para o setor, levaram o país a cair sete posições no ranking de competitividade em turismo elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Na edição do ranking de 2011, divulgada ontem, o Brasil ficou em 52º entre 139 nações. No levantamento anterior, de 2009, o país estava na 45ª posição, entre 133 nações. Como todos os seis países que ingressaram na lista este ano ficaram atrás do Brasil e este manteve sua pontuação estável, o país caiu porque concorrentes como México e Bulgária avançaram.

O Fórum analisa 14 itens, entre recursos naturais e culturais, infraestrutura aeroportuária e terrestre e segurança. A cada um deles atribui uma nota e, depois, calcula a média geral de cada país. O primeiro colocado foi a Suíça, que repetiu o desempenho de 2009. O último foi Chade, também pelo segundo ano consecutivo.

No relatório divulgado ontem, o Fórum aponta como ponto forte do Brasil o quesito riqueza natural, no qual o país desbancou todos os concorrentes, principalmente devido à diversidade de espécies animais e ao número de lugares considerados patrimônios da humanidade. Nos quesitos sustentabilidade ambiental e recursos culturais, o Brasil também foi bem, ficando entre os 30 melhores.

As piores avaliações foram obtidas em critérios como a infraestrutura de transportes. No terrestre, o Brasil ficou em 116º lugar e, no aeroportuário, no 42º. “A rede de transportes continua pouco desenvolvida e a qualidade das estradas, portos e trens precisa de melhorias”, diz o estudo. Um desafio para o país que vai sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. No critério mão de obra, o país ficou na 106ª posição. A violência também pesou negativamente: considerando este item individualmente, o Brasil ficou em 75º lugar.

O relatório mostra ainda forte expectativa quanto ao avanço da demanda por turistas de países emergentes. Apesar da retração mundial do setor em 2009, os gastos dos chineses no exterior cresceram 4% naquele ano.

Fonte: O Globo