Três homens mortos a golpes de facão, com os corpos mutilados e esquartejados. Um deles, inclusive, teve com a cabeça separada do corpo e exposta como troféu em vídeo postado, de dentro da cadeia, em grupos de WhatsApp. Foi este o saldo da barbárie ocorrida na manhã deste Dia das Mães, 12 de maio, no presídio de Redenção.
Os mortos são: Rai de Sousa Viegas e Marco Aurélio Fileski. O terceiro, identificado até o momento como Maxuel, apelidado de “Baiano”, foi o que teve a cabeça sacada do corpo. Ele também teve as mãos cortadas e a barriga e tórax abertos de cima a baixo e é acusado de pertencer ao PCC e de ter executado um “irmão” do CV.
A rebelião teve fim após negociações envolvendo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Justiça, Ministério Público do Pará, Polícia Militar e Polícia Civil.
“Baiano” estava custodiado separadamente dos demais detentos, mas vinha recebendo ameaças de integrantes da facção inimiga. Outros dois presos foram mortos como “brindes”, no jargão dos presídios. Um deles é acusado pela morte o irmão de um líder de uma das facções, que também está preso no Centro de Recuperação de Redenção.
A Polícia Militar já efetuou a recontagem dos detentos e a Polícia Civil abriu inquérito e começou a ouvir, ainda nesta tarde, os envolvidos para tentar descobrir como começou a rebelião e quem assassinou os três detentos.