O policial militar Jhonnata Cavalcante Lopes, 24 anos de idade, lotado no 23° Batalhão de Polícia Militar, em Parauapebas, se apresentou espontaneamente na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil na madrugada de ontem, domingo (4). Em Boletim de Ocorrência, ele relatou ter sido agredido a socos e pontapés por cinco pessoas em uma casa de diversões, localizada no Bairro Vila Rica, na Rodovia PA-160, por volta das 2h30 e, para não acabar morto por espancamento, fez disparos em direção aos agressores. Um dos tiros atingiu a perna de João de Sousa Rodrigues, 25, que morreu horas depois no Hospital Municipal. Jhonnata Lopes, que é soldado, relata no BO que, por volta das 2h30 chegou ao local, onde uma festa ali realizada chegava ao final, para buscar Danielle da Silva, que havia feito um show na casa de diversões, assim como o sócio dela, de prenome Diogo. Ao chegar. Ele foi diretamente para o camarote de Dani, como também é conhecida a amiga do militar.
Porém, em determinado momento ele saiu e se dirigiu ao banheiro, na passagem tropeçou em outro homem e pediu desculpas, mas acabou recebendo empurrões e ouvindo xingamentos.
A indagar qual o motivo de tanta agressividade, conta Jhonnata que outro homem, por trás dele, lhe desferiu uma garrafada na cabeça. O golpe traiçoeiro o deixou tonto, do que se aproveitaram outros desconhecidos e o atacaram a socos, jogando-o no chão e passando a chutá-lo. O militar conta que não viu alternativa a não ser sacar de sua pistola de serviço e fazer um disparo contra uma parede.
A tentativa de assustar os agressores não surtiu efeito. Ao contrário. Segundo Jhonnata, ele passou a receber ainda mais pontapés e, sangrando muito, por causa da garrafada na cabeça, que lhe abriu um grande golpe no couro cabeludo, e sem enxergar direito, não teve saída e atirou na direção do grupo duas vezes, acertando a perna de um deles, identificado posteriormente como João de Sousa Rodrigues. Após prestar depoimento, onde alegou legítima defesa, o policial militar foi liberado.
(Caetano Silva)