Uma rixa por disputa de terra, na região da Fazenda Tapete Verde, zona rural de Parauapebas, a 31 quilômetros do centro da cidade, terminou na morte do filho de um dos envolvidos. Francinaldo Sousa das Chagas, 32 anos, morreu com três tiros disparados por um homem conhecido apenas como Leonardo.
Segundo o cabo Nobre, da Polícia Militar, sua guarnição foi informada, por volta das 14h30, de que haviam ocorrido dois homicídios naquela localidade. Ao se dirigir ao local os policiais constataram a morte do filho do dono da propriedade em que aconteceu a tragédia, Antônio Pereira da Silva, 55 anos. A briga, por limite de terra, que já se arrasta há três anos.
Testemunhas contaram que Leonardo chegou à propriedade em automóvel Chevrolet Celta, com quatro outras pessoas, desceu do veículo e deu tiro em Francinaldo, ainda chegou a correr cerca de 10 metros, mas, ao cair em frente à casa, foi liquidado com mais dois tiros cabeça, contou o policial.
Ainda de acordo com o que colheu PM, o assassino ainda teria agredido a mãe de Francinaldo e ameaçado o restante dos familiares. O rapaz havia chegado Itaituba, onde morava, no oeste do Estado, havia cerca de quatro meses para tentar resolver o problema.
Antônio Pereira da Silva contou que um irmão dele tinha indo até a Palmares I comprar gasolina e, antes de sair, haviam combinado que ele iria buscá-lo às 14h. “Quando cheguei no local onde ia pegar meu irmão senti uns arrepios no corpo. E na minha mente vieram imagens desse tal Leonardo”, conta o agricultor, que pressentiu a presença do inimigo na casa dele.
Quando chegou, Antônio entrou e encontrou a mulher assistindo TV, disse que viu Leonardo em um carro na frente da casa e a repreendeu por não estar prestando atenção. Em seguida, disse que ia ligar a um amigo policial militar para que este ligasse à PM a fim de que a polícia desse “um jeito naquela confusão”, uma vez que há uma audiência na Justiça, marcada para o próximo dia 4 de dezembro, a fim de resolver a questão.
O agricultor disse também que Francinaldo não lhe deu ouvidos e saiu da casa, sendo assassinado em seguida, por Leonardo, que ainda chegou a empurrar a mãe do rapaz.
A família mora no local havia 20 anos e ali é possível ouvir o barulho de motosserra e de trator, derrubando a mata e retirando a madeira da propriedade de Antônio, que, dias atrás havia ido até ao local para registrar o estrago feito na área da reserva de mata.
(Caetano Silva)