No 2º trimestre deste ano, o Pará abateu 63,7 mil cabeças de gado bovino a menos em relação ao mesmo período do ano passado. O dado vai na contramão do que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar nesta quinta-feira (12), registrando crescimento de 3,5% no abate nacional de bovinos, com destaque para Mato Grosso, que registrou 257 mil unidades a mais em relação a 2018.
O levantamento de abate de pecuária é uma prévia para a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), que o IBGE vai divulgar no mês de outubro, revelando os números gerais das criações domésticas no país em nível de municípios. O Pará, detentor do 5º maior rebanho bovino do Brasil com 20,59 milhões de cabeças, possui municípios que estão entre os líderes nacionais em gado bovino. As maiores praças paraenses de criação de gado no país estão em São Félix do Xingu (2,24 milhões, 1º), Marabá (1,03 milhão, 5º), Novo Repartimento (900 mil, 9º), Cumaru do Norte (846 mil, 10º).
Se o abate atual de bois e vacas não está indo muito bem no estado na comparação com o ano passado, o abate de frangos só tem a comemorar. O Pará incrementou a produção em 940 mil novas cabeças de frango, um dos mais expressivos crescimentos do país. Na análise do IBGE, o crescimento este ano tem a ver com a baixa em função da greve dos caminhoneiros ocorrida em 2018. Curiosamente, apesar de ser grande produtor de gado bovino e galináceos, o Pará não se destaca nacionalmente na produção de leite e ovos, nichos de mercado em que o estado pode, se investir, faturar bastante.