As campanhas de vacinação contra o sarampo e a poliomielite, que encerrariam nesta segunda-feira (3), foram prorrogadas até o dia 20 de dezembro em todo o estado. A medida foi tomada pela Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal, que está bem abaixo da média recomendada pelo Ministério da Saúde.
No Pará, a vacinação contra o sarampo imunizou apenas 877 mil pessoas, entre 20 e 49 anos, quando deveria vacinar cerca de 3,5 milhões de pessoas – uma taxa de apenas 25%, segundo a Sespa. Já o índice de vacinação contra a poliomelite, de crianças de 1 a 4 anos, imunizou cerca 322 mil, atingindo apenas 54,11% da meta preconizada pelo MS.
Apesar da vacina proteger crianças e adultos contra doenças graves, a população não tem procurado as unidades de saúde. Para a Sespa, a baixa procura seria motivada pela pandemia da Covid-19.
Poliomelite
Uma doença altamente infecciosa causada por um vírus que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total em questão de horas. Os sintomas iniciais são febre, fadiga, dor de cabeça, vômitos, rigidez do pescoço e dor nos membros. Uma em cada 200 infecções causa paralisia irreversível, geralmente nas pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% vêm a óbito quando há paralisia dos músculos respiratórios.
Sarampo
É uma doença infecciosa, altamente contagiosa e causada por vírus do gênero Morbillivirus. A doença pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, mas tem maior incidência em crianças com menos de um ano de idade. A contaminação é feita pelo ar, provocada por espirros, tosse e outras formas de contato com secreções contaminadas.
Em 2020, o Pará já tem 5.372 casos confirmados, o que corresponde a 64,4% do total de casos confirmados no Brasil.
Por Dayse Gomes