O Campus da Universidade Estadual do Pará, em Marabá, comemora nesta quinta-feira, dia 18, de maio, 30 anos de instalação. Para marcar a data, nesta quarta-feira, 17, na abertura da Sessão Ordinária na Câmara Municipal de Marabá, a coordenadora do Campus da Universidade Estadual do Pará em Marabá (UEPA), Danielle Rodrigues Monteiro da Costa, usou a tribuna e lembrou que a universidade estadual foi criada em 18 de maio de 1993, e ao mesmo tempo o Campus de Marabá foi instalado, com turmas de educação física e enfermagem, que funcionavam em salas cedidas pelo Campus da UFPA, na Folha 31.
Posteriormente, passou para um prédio alugado na Orla do Rio Tocantins, na Velha Marabá, até se mudar para o espaço atual. “Hoje, temos 23 campi espalhadas no Estado do Pará. Esta é uma das instituições mais interiorizadas do Brasil, que tem contribuído na formação de profissionais de várias áreas”, relembra ela.
Ela observa que a oferta do ensino superior é um avanço para o desenvolvimento da região e a Uepa, em Marabá, recebe pessoas de toda a macrorregião de Carajás como alunos. “Nascemos aqui com oferta de Enfermagem e Educação Física. Nosso sonho é retomar a oferta desses cursos, porque não são ofertados em instituições públicas no município. Há uma demanda e a universidade precisa contribuir na formação de novos profissionais”, reconhece.
Ao longo da história, novos cursos foram sendo oferecidos e atualmente turmas em andamento nas áreas de música, Biomedicina, engenharia ambiental e sanitária, engenharia florestal, engenharia de produção, licenciatura em física, licenciatura em letras, licenciatura em ciências biológicas, licenciatura em química, terapia ocupacional, medicina e tecnologia de alimentos.
A comunidade acadêmica da UEPA conta com 1.200 pessoas, entre alunos, técnicos e professores, com atividades pela manhã, tarde e noite, com 13 cursos de graduação, nas áreas de saúde, tecnologia, licenciaturas, Terapia Ocupacional. “Nossa instituição move a economia da cidade, com salários dos professores, vinda de alunos de outras cidades. O Campus de Marabá tem protagonismo intenso com ações diretas e indiretas, internas e externas, com cursinhos popular, empresa júnior, entre outras”.
Para continuar com as atividades, precisamos muito de parcerias. Passamos por desafios na administrativa, melhorar a estrutura física. Estamos limitados a uma área e precisamos avançar, porque podemos contribuir mais.
Não temos um auditório, embora temos necessidade constante. Alugamos espaços para realizar formaturas e colações de grau.
DESAFIOS À FRENTE
Depois de apresentar as conquistas e a relevância da instituição, a coordenadora Danielle Rodrigues escancarou os desafios do Campus de Marabá, que carece de modernização nos trâmites processuais, uma vez que muitas situações só são resolvidas por Belém, o que entrava o crescimento.
“Precisamos de criação de um programa de pós-graduação no Campus. Além disso, há discussão interna avaliando a necessidade de criação de uma universidade estadual do sul e sudeste do Pará. Não podemos avançar com essa estrutura atual. Estamos precisando de ajuda da sociedade em geral. Somos instituição pública, que é para todos”, enfatizou.
Os vereadores elogiaram o posicionamento da coordenadora do Campus de Marabá e reconheceram a necessidade de lutar pela criação de uma universidade estadual específica para essa região. “Em três décadas tivemos milhares de pessoas formadas na cidade pela UEPA. Investir no capital humano é a melhor solução. Nossa região ainda está longe de termos um percentual desejável de pessoas que passaram pelos bancos de uma faculdade, mas estávamos avançando”, reconheceu o vereador Ilker Moraes.
Outro que elogiou o discurso de Danielle Rodrigues foi o vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito. Ele lamenta que, para comprar algo no Campus de Marabá, precise pedir autorização para os diretores, em Belém. “As condições de trabalho são as mínimas possíveis. O reitor ficou de vir aqui para fazer uma tal de descentralização. Não estou vendo nada acontecendo”, criticou.
SAIBA MAIS
No Eco Bosque do campus VIII, em Marabá, será realizado um sarau especial com apresentações artísticas, exposição de arte, varal de poesia, música e dança, além do lançamento do livro de poesia do autor José Bezerra S. Filho e da Batalha do Conhecimento de Hip-Hop.
Em Belém, a comemoração do Jubileu de Pérola será realizada em uma solenidade no dia 18 de maio, a partir das 18h, no Theatro da Paz.
Para abrir a programação, o Madrigal da Uepa fará uma apresentação e em seguida, os indígenas da etnia Assurini irão cantar o Hino Nacional. Na sequência haverá a outorga dos títulos de Doutora Honoris Causa à professora Zélia Amador de Deus, e de Professora Emérita à docente da Uepa, Ivanilde Apoluceno de Oliveira, ambos concedidos pelo Conselho Superior Universitário (Consun). Para o reitor da Uepa, professor Clay Chagas, “é uma grande honra poder comemorar essa data tão expressiva na universidade que é a mais interiorizada do norte do Brasil”.
Também será realizada uma homenagem ao senador Jader Barbalho com a medalha Mérito Universitário, em reconhecimento ao fato dele haver sancionado, então como governador do Estado Pará, a lei de criação da Universidade. Nessa sessão de homenagens, será entregue ainda, a medalha de Mérito Funcional, ao servidor Rômulo Rodrigues, que está na UEPA desde a sua criação.