Após muita cobrança, mobilização e constantes denúncias da ACIACCA, (Associação Comercial e Agropastoril de Canaã dos Carajás) à imprensa, os débitos de algumas prestadoras de serviços da mineradora Vale ao comércio local estão sendo quitados.
A dívida das duas empreiteiras da Vale ultrapassam o valor de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de Reais). Sem receber, muitos associados da entidade já passavam por dificuldades econômicas. Ao ser procurada pelos associados, a diretoria da Associação Comercial convocou diversas reuniões com a mineradora e os responsáveis das empresas para a quitação das dívidas.
A primeira reunião aconteceu dia 15 de janeiro na sede da associação. Representando a empresa Vale, esteve presente o Analista da Sócio-Economia Marcelo Cabral, que ouviu atento as reclamações e solicitou a entrega de um relatório expondo a situação, assim como as empresas devedoras.
O documento foi entregue dia 21 de janeiro, constando as empresas TC Engenharia e Orteng.
A diretoria da associação comercial voltou a pressionar a Vale. Outra reunião foi solicitada dia primeiro de fevereiro, desta vez com os engenheiros responsáveis pela implantação do projeto S11D, Eduardo Castro e Quirino Nunes. A resposta foi dada vinte e dois dias depois, com a garantia que as dívidas da TC Engenharia seriam sanadas até dia 22 de abril. A Orteng pediu um prazo até 8 de março.
Para intermediar o pagamento dos débitos da empresa Orteng, foram realizados cinco encontros. O último aconteceu dia 4 de abril, finalizando os pagamentos das vinte e cinco empresas. “Estou muito feliz, os débitos das empresas estão sendo finalizados. A nossa presença aqui é garantir que isso transcorra da forma mais transparente possível”, comentou Marcelo Cabral.
“Ficamos muito tempo sem receber e a Vale sem pagar”, disse Daniel Carreiro, da Orteng, que atribuiu os atrasos às medições entre a empresa e a mineradora Vale, que não vinham acontecendo. Lembrou ainda que estes débitos não ocorrem apenas em Canaã dos Carajás, a Orteng passa hoje por uma crise que ocasiona problemas de pagamentos em muitos outros municípios. “Nossa diretoria juntamente á diretoria da Vale encontrou uma maneira de quitar esses débitos sem ninguém sair lesado”.
Anderson Mendes – Presidente da Aciacca
De acordo com Anderson Mendes, presidente da Associação Comercial, inadimplências de empresas com o comércio de Canaã acontecem desde o ano de 2003, com a implantação do projeto Sossego. Ao longo destes anos a problemática foi se alastrando e resultou hoje uma dívida exorbitante que após muita luta da associação junto aos comerciantes, pôde ser sanada. Para amenizar o problema, a associação cobrará da mineradora Vale um acréscimo de cláusula contratual que obrigue o fornecimento de Certidões Negativas de Débitos, o Nada Consta, por parte das empresas prestadoras de serviço. Com isso ao término do contrato cada empresa deverá expedir o Nada Consta na Associação Comercial. “Agora a nossa luta será pelo Nada Consta. Com essa exigência impediremos que estas empresas saiam do município devendo o comércio. Não podemos admitir que esses calotes continuem acontecendo em Canaã dos Carajás”, enfatizou Anderson.
4 comentários em “Canaã dos Carajás: ACIACCA recupera mais de R$ 2 milhões ao comércio local de Canaã.”
e vc que gosta de explora de ums servico de mal qualidade e pesssimo atendimento.
Meus caros colegas de Canaa, Parabéns pela iniciativa, podem contar sempre com a Camara Dirigente Lojista de Parauapebas (CDL). Nao compactuamos com essa atitude da vale em nossa região, aqui sofremos constantemente esse tipo de calote.. Tentamos implantar a tal certidão negativa de debito, sem sucesso, Parauapebas ainda necessita de força política.. formos vencidos pela passividade de nossos políticos na época do caso Hidelma.. Hoje temos problemas com varias Empresas prestadoras de serviço da vale que estão com débitos no comercio de Parauapebas, é uma vergonha!! A CIME por exemplo, tem débitos na cidade de Parauapebas e Ourilandia, e está deixando a cidade se já nao deixou… Vergonhoso.!!
Uma pena que a nossa Acip em Parauapebas também não tenha a mesma postura, a única vez que conseguimos receber alguma coisa parecida foi no caso da Hidelma, devido a poucos empresários que tiveram coragem de enfrentar a Vale e fechar a portaria. Ano passado quando eu e outros empresários fomos pedir apoio para receber os valores devidos e não pagos pela SMI, o único apoio que tivemos foi o pedido de 10 mil reais, para o advogado da Acip e seu sócio entrarem com uma ação contra a SMI, ou seja, em Parauapebas é cada um por si e Deus por todos.
É muito interessante a postura da VALE !
Parece que ela está fazendo um favor !
Ela Incentiva a o fornecedor local , compra poucos serviços diretos das empresas locais , incentivam elas a investir e se preparar para oportunidades de parcerias e depois começa o martirio.
Não seleciona os prestadores de serviços com competencia , escolem alguns pecarretas que exploram os fornecedores locais que ajudam a financiar seus contratos com margens geralmente apertadas dão o cano na praça , usuam o artificio que a vale não lhes paga ! E o nico fica com o empresario local ! pedindo favor para receber aquilo que foi fornecido a 60 ,90 e 120 dias atras.
Este impacto é recorrente em todas suas obras !
Pode esperar que varios vão quebrar no S11D!