No mês passado, o município de Canaã dos Carajás tombou 25 posições na balança comercial em relação a janeiro deste ano. Canaã, atualmente o segundo maior produtor de minério de ferro do país, encerrou abril na 35ª colocação no ranking dos exportadores. O município registrou transações comerciais que totalizam 117 milhões e 540 mil dólares.
Em termos proporcionais, é o pior desempenho do município na balança comercial em um mês, desde que entrou para o rol dos exportadores nacionais em 2005, após o início das atividades da mina de cobre do Sossego. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.
Embora tenha registrado a primeira baixa na balança, é sabido que esse evento é pontual para Canaã, que sedia o projeto S11D. A diminuição no ritmo da produção da Vale no município pode ter sido meramente estratégica, já que S11D está em pleno avanço programado de produção e, não raramente, ajustes operacionais e tecnológicos precisam ser implementados para turbinar a produção. Além disso, as chuvas de início de ano tradicionalmente interferem no processo de lavra do minério de ferro.
Por outro lado, Marabá nunca antes estivera tão bem na balança comercial, numa confortável 21ª colocação. O maior produtor de cobre do país exportou no mês passado 180 milhões e 960 mil dólares e só perdeu para Parauapebas, que transacionou 301 milhões e 926 mil dólares.
A diferença entre as exportações de Marabá e os ferríferos Parauapebas e Canaã dos Carajás está, para além do tipo de produto exportado, na diversidade. Enquanto Parauapebas e Canaã dos Carajás só têm minérios no portfólio (um tem ferro e manganês; outro, ferro e cobre), Marabá tem minérios, produtos da indústria metalúrgica e commodities agropecuárias, característica basilar de economia diversificada.