A agência do Banco do Brasil, em Canaã dos Carajás, fechada desde o último dia 12 de março, após ter sido arrombada na madrugada do dia 10 daquele mês, um sábado, ocasião em que bandidos danificaram os equipamentos eletrônicos do estabelecimento, voltou a funcionar no último dia 9 de abril. Porém, só com atendimento burocrático referente a negócios do banco. Ou seja, sem ainda lidar com dinheiro vivo: sem saques, sem depósitos, sem pagamentos e sem recebimentos de espécie alguma. Diante disso e por manter convênio com a Cooperativa Sicredi, o banco divulgou nota dias atrás encaminhando os clientes para aquele estabelecimento.
Entretanto, o comunicado à população causou grande corrida e, consequentemente, tumulto à Sicredi, cujos funcionários, de uma para outra hora, viram o estabelecimento tomado por dezenas, talvez centenas de clientes do BB atrás de serviços anunciado na nota pública os quais a Cooperativa não fornece.
O anúncio do Banco do Brasil dizia que os clientes da instituição poderiam recorrer à Sicredi para: saques em conta corrente, poupança e benefícios do INSS, depósitos, pagamentos de títulos, boletos e convênios, extratos e saldos. Mas, o convênio com a Cooperativa prevê unicamente a arrecadação – recebimento – de FGTS, tributos estaduais e municipais; e pagamento de títulos, boletos e convênios limitado a valores de R$ 2.000,00 por documento e de R$ 10.000,00, por dia. Somente isso.
Foi o que esclareceram, durante encontro com a Imprensa, na tarde de ontem, quarta-feira (2), o gerente executivo da Secredi, João Coelho Pinheiro, e o gerente regional, Lucyano Pizzato, os quais disse que, diante do que ocorreu, entenderam que precisavam ir a Canaã esclarecer a situação e buscar soluções que “minimizem um pouco os impactos na comunidade” onde atua”.
Convênio com o BB
“Nós, quando fechamos o convênio com o banco o intuito era atender o associado naquilo que nós não conseguíamos receber aqui, que não tínhamos convênio, então a gente utilizava o banco como essa ferramenta”, salientou Lucyano, enfatizando que, antes de divulgar a nota, o Banco do Brasil não pediu à Sicredi informações sobre quais serviços a Cooperativa prestava, conforme o convênio, celebrado há nove meses.
O convênio com o BB está em operação há cerca de nove meses e é exclusivo para arrecadação, ou seja, recebimento de FGTS, tributos Estaduais e Municipais, informaram os diretores.
Segundo Pizzato “o convênio entre ambas as instituições abrange apenas o pagamento de títulos, boletos e convênios limitado a valores de R$ 2.000,00 por documento e de R$ 10.000,00 por dia. Os demais serviços não são realizados em Canaã dos Carajás ou qualquer uma das mais de 1.540 agências da Cooperativa existentes no Brasil”.
João Pinheiro, por seu turno, ressaltou não acreditar ter havido má fé por parte do BB. Para ele, faltou apenas uma análise individual dos serviços prestados por cada instituição conveniada: “Cremos que eles não fizeram isso para criar um transtorno, mas acreditamos que na hora de divulgar eles apenas devem ter olhado o que é previsto um credenciado fazer”.