Candidatos à presidência do Senado disputam votos dos indecisos, a sete dias da eleição

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disputa reeleição contra Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Podemos-CE)
Rogério Marinho (esq.) e Rodrigo Pacheco (dir.) são os principais candidatos ao comando do Senado em 2023

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Brasília – A uma semana das eleições da Mesa Diretora do Senado, os candidatos à presidência da Casa, disputam o voto dos indecisos. O atual presidente, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tenta a reeleição; seu oponente é o senador eleito pelo Rio Grande do Norte e ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro, o economista Rogério Marinho (PL). Corre por fora, o senador cearense Eduardo Girão, do Podemos.

A candidatura de Marinho cresceu e se mostra competitiva. Nesta semana, os senadores do Partido Progressista definem se aderem em bloco à sua candidatura à presidência do Senado. Marinho tenta atrair o núcleo de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Casa, liderado pelo bolsonarismo.

O PL, já confirmado como o maior partido a partir da próxima legislatura, terá 14 senadores. Ele será seguido pelo PSD, com 11; MDB e União Brasil, com 10 cada um; e pelo PT, com 9. Juntas, essas cinco bancadas vão perfazer dois terços do Senado.

No bloco intermediário estão Podemos e PP, com 6 senadores cada; PSDB e Cidadania que formaram uma federação até maio de 2026, juntos têm apenas 4 senadores; o PDT e o Republicanos, com 3 senadores; e no bloco dos nanicos estão: PROS, Republicanos, Cidadania, PSB, PSC e Rede, com um senador cada.

Com 6 cadeiras o PP, somado com as 14 do PL, seriam 20 votos a favor do ex-ministro. Marinho espera contar ainda com o apoio do Republicanos, que terá 3 senadores, totalizando 23 votos.

Em princípio, esses três partidos devem formar a base principal de oposição a Lula no Senado.

Entre os 6 senadores do PP, a expectativa das lideranças da própria sigla é de que todos sigam a orientação partidária e votem em Marinho. Pode haver, no entanto, defecções, já que o voto na eleição da presidência do Senado é secreto.

Um dos principais responsáveis pela articulação do PP é o ex-ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira (PI), ele próprio senador, líder da bancada do PP no Senado e presidente nacional da sigla.

Nos bastidores, Marinho diz que está aberto a conversas com todos os partidos, menos com o PT.

Senadores a par das negociações afirmam que estão “avançando bastante nas contas de voto e nessa articulação”.

Marinho, senador de primeiro mandato eleito pelo PL do Rio Grande do Norte, é o principal bolsonarista na disputa pela presidência do Senado.

Além dele, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que se classifica como independente, mas se alinha com as pautas bolsonaristas em diversas votações, também se lançou candidato. Este, porém, tem chances reduzidas na eleição, já que nem mesmo seu partido, o Podemos, o apoia oficialmente.

Os dois candidatos enfrentarão Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo relatos de diversos senadores, ele é o favorito na disputa. O atual presidente conta com o apoio do governo Lula e de bancadas numerosas, como o PSD (que terá 11 senadores), o MDB (que terá 10) e o PT (que terá 9), totalizando 30 votos.

O grupo de Pacheco trabalha para que integrantes dos partidos aliados a Marinho passem para o seu lado. Também avaliam que Girão pode tirar votos de Marinho, se seguir na disputa, o que enxergam como benéfico a Pacheco por potencialmente dividir os opositores ao atual presidente do Senado.

Apesar de o PP tender a apoiar um adversário de Lula no Senado, o partido conta com o filiado e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), cada vez mais próximo do presidente da República. Lira, inclusive, conta com o apoio do PT e do PL ao mesmo tempo na Câmara.

Um site (comovotasenador.com.br) foi lançado para acompanhar a tendência dos votos dos três candidatos.

Na bancada do Pará, o senador Zequinha Marinho (PL), declarou seu voto ao candidato Rogério Marinho. Os senadores Jader Barbalho (MDB) e Beto Faro (PT) declararam voto em Rodrigo Pacheco.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.

2 comentários em “Candidatos à presidência do Senado disputam votos dos indecisos, a sete dias da eleição

  1. Francisco Lima Responder

    Senadores que estão pensando em votar em Rodrigo Pacheco, lembrem-se de Rodrigo Maia, Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Luís Miranda, Wilson Witzel, João Doria, Abraham Weintraub e Henrique Mandetta.

    Vocês tem certeza que irão votar em Pacheco?
    #PachecoNÃO

  2. Ione Ambrósio De Oliveira Mazoque Responder

    Os senadores têm a chance de se redimirem da conivência e omissão com as tiranias e complô de Rodrigo Pacheco e Alexandre de Moraes.Agora é a hora da verdade dos que querem defender esse país ou afundá-lo de vez.Se Rodrigo Pacheco continuar o povo não vai perdoar esses senadores traidores e tomara que não possam por os pés nas ruas mais como os ministros do STF.Que eles coloquem a mão na consciência, se é que ainda tenham alguma e tenham a sensatez de tentar salvar esse país!

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