Carnaval indefinido em Jacundá

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Até agora não foi definida a programação do Carnaval Jacundá Folia 2018. Anunciado como uma grande festa popular pelo governo do prefeito José Martins de Melo Filho, o Zé Martins, afastado do cargo na semana passada, o evento ainda está em análise pela equipe do prefeito Ismael Barbosa, que assumiu a prefeitura na sexta-feira (2). Contratação de cantores e questionamentos do Ministério Público do Estado estão entre os empecilhos.

Pela programação divulgada anteriormente, o carnaval da cidade de Jacundá começaria na próxima sexta-feira (10), com a banda Capital do Axé e também presença do cantor Thiago Castro; no dia seguinte, a banda Lamazon e o cantor Naldo Carvalho levariam os foliões pra avenida. André Ramon, Clésio Rabelo, Meninas de Ouro e os cantores Naldo Rocha e Galego do Pará completariam a festa mais popular do Brasil, que teria seu fim marcado para a próxima terça-feira (13).

A Reportagem contatou a equipe do prefeito Ismael Barbosa, mas auxiliares mais próximos se reservaram ao direito de informar apenas que “o assunto está sendo tratado e assim que tivermos um posicionamento estaremos informando a todos”.

Luciana Bombom, locutora de uma emissora de rádio, e Akicel Vitor, promoter, estão preparando o lançamento de dois blocos na cidade: o primeiro, “Levada Louca”, e o segundo, “Vai Embrazando”, respectivamente, pretendem colocar mais de 500 foliões durante o período carnavalesco. “Vamos tentar fazer o melhor carnaval que Jacundá viu nos últimos anos”, afirmou a jovem Luciana.

Mas a festa já era alvo do Ministério Público Estadual (MPE): no dia 31 de janeiro, a Prefeitura recebeu um documento em que foi pedido esclarecimento, por parte de um membro do MPE, sobre a contratação das bandas e cantores. “As contratações públicas devem ser precedidas da realização de certame licitatório, cumprindo ao administrador a escolha da avença que seja mais vantajosa ao interesse público”. Ainda de acordo com o ministério público, caso não haja licitação, a “contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”.

O promotor John Carr deixa claro que “apesar de inexigível o processo de licitação propriamente dito, a administração não está totalmente livre para a escolha do contratado, devendo haver um mínimo de formalidade para possibilitar a aferição dos requisitos”.