Brasília – Mais três categorias do funcionalismo público federal devem se juntar a outras doze que já se encontram em mobilização por aumento de salários e mudanças no plano de cargos e salários. A greve é iminente e deve ser deflagrada nesta quarta-feira (3) em algumas das categorias. A informação é do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
De acordo com a entidade, funcionários dos Correios, professores de universidades públicas e funcionários de institutos federais podem aderir às mobilizações. As manifestações ocorrem por falta de negociação de reajustes e mudança nos planos de carreira.
A Reportagem do Blog do Zé Dudu confirmou que funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais vão aderir ao movimento de paralisação geral a partir desta quarta-feira (3). Professores das universidades federais também entrarão em greve em 15 de abril.
Os funcionários dos Correios vão decidir, em assembleia nesta quarta-feira (3), se entram em paralisação geral. Se aprovada, a greve tem início já no mesmo dia. “Os funcionários podem decretar a greve ainda hoje,” disse à Reportagem um representante da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
Conforme o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), 16 categorias de funcionários públicos federais estão em paralisação ou operação-padrão. O termo é utilizado para se referir, no meio sindical, ao aumento de procedimentos burocráticos que resultam em atrasos ou redução dos serviços prestados.
Segundo as entidades, nesta quarta-feira haverá também uma mobilização geral de todos os sindicatos. A convocação não é obrigatória, segundo a Fonasefe. Em 17 de abril, uma marcha em Brasília deve reunir todos os setores em uma única manifestação.
Na lista da Fonasefe, duas categorias negaram estar em esquema de paralisação: a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e a Associação Nacional dos Membros das Carreiras da Advocacia Geral da União. Outras duas não responderam aos pedidos da Reportagem. Com isso, as três novas categorias devem se juntar às 12 já confirmadas.
Eis os setores com previsão de mobilização em abril:
- funcionários federais da educação básica, profissional e tecnológica dos Institutos Federais – greve a partir de 3 de abril;
- Professores das universidades federais;
- Correios – possibilidade de greve.
Eis os setores que já estão em estado de mobilização:
- Auditores Fiscais Federais Agropecuários – operação-padrão;
- Superintendência de Seguros Privados (Susep) – operação-padrão;
- Carreira de Analista de Comércio Exterior – paralisações pontuais em 8,12,17 e 18 de abril;
- Auditores-Fiscais do Trabalho – em mobilização;
- Carreira de Finanças e Controle (Tesouro Nacional e CGU) – em operação-padrão;
- Carreira ambiental (ICMBio e Ibama) – paralisação;
- Agência Brasileira de Inteligência (Abin) – mobilização;
- Comissão de Valores Imobiliários (CVM) – em operação-padrão;
- Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino – greve;
- Banco Central – em operação-padrão;
- Carreira de Planejamento e Orçamento – em operação-padrão;
- Peritos Federais Agrários – em mobilização.
Por Val-André Mutran – de Brasília