A CBF agora começa a procura por um novo comandante para a Seleção Brasileira. Uma procura que não necessita de tanta pressa, pois o Brasil sediará a próxima Copa e não precisará disputar as Eliminatórias. Mas já há nomes na pauta desde antes do Mundial. A bola da vez é Luiz Felipe Scolari, embora este tenha acertado seu contrato com o Palmeiras tendo sua apresentação definida para o dia 15 de julho, segundo sua assessoria de imprensa.
Felipão já era o nome de Ricardo Teixeira em 2006. Ele não quis ouvir a proposta da CBF, pois pensava na educação de seus filhos. Hoje, a situação mudou. Felipão toparia – e no fundo deseja – dirigir a Seleção. No caminho, o acerto com o Palmeiras. Mas o contrato só será assinado no dia 15, o que facilitaria a inclusão de cláusulas que favoreçam sua saída. O técnico já confessou a amigos que quer ser o comandante da Seleção na Copa de 2014.
Do outro lado, Ricardo Teixeira quer um técnico com experiência, que tenha a preferência dos torcedores, com uma certa disciplina. Nada do exagero da Era Dunga, que causou problemas com parceiros e patrocinadores. Além disso, a Seleção tem compromissos apenas com amistosos neste ano e não será surpresa se for oferecido a ele a possibilidade de acumular a função de técnico do Palmeiras com a Seleção, ao menos até o fim do ano ou até a Copa América de 2011. Isso já aconteceu após a Copa de 1998, quando Vanderlei Luxemburgo assumiu a Seleção enquanto ainda comandava o Corinthians.
Mais um detalhe que ajuda na escolha de Felipão como novo técnico é a relação do clube alviverde com a Traffic. J. Hawilla, o manda-chuva da empresa, deve facilitar o trâmite da saída de Felipão com Ricardo Teixeira, com quem tem estreitas relações comerciais.
A opção caso toda esta costura não seja possível é Mano Menezes. O nome não agrada totalmente Ricardo Teixeira, pela sua falta de experiência internacional. Mas além de ser um técnico que amenizaria as relações com a imprensa e os torcedores, conta com o apoio de boa parte dos paulistas, pelo carisma que adquiriu no Corinthians. Andrés Sanchez, chefe da delegação nesta Copa, é outro que certamente ajuda na escolha.
Sobre os demais nomes da comissão técnica, Teixeira já tem algumas definições. Jorginho e os observadores Marcelo Cabo e Taffarel saem com Dunga. Américo Faria é outro que deve ser substituído, provavelmente por Rodrigo Caetano, atualmente gerente de futebol do Vasco. A equipe médica, a princípio, não deve ser modificada. Já os preparadores físicos têm situação indefinida.
Fonte: Lancenet
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3 comentários em “CBF quer Felipão e Felipão quer a Seleção”
Essa copa não é a dos favoritos e Alemanha não pode ganhar, senão iguala com a Itália em números de copas e depois serão as duas pra cima do Brasil pra empatar com o Penta.
Valeu João Carlos, muito bem lembrado. Agora é pensar para frente e o Felipão é a bola da vez, é um ótimo técnico, já foi Campeão Mundial com a nossa Seleção, sem esquecer que muitos torcedores o críticaram por ele não ter convocado o Romário, mais no fim ele provou que estava certo. Que venha o Felipão, e prepare Time para que nós possamos ser Campeão Mundial no Brasil.
Após a eliminação do Brasil diante da Holanda, é bom refrescar a memória do torcedor sobre o trabalho do técnico Dunga:
Dizem que o trabalho de Dunga é “incontestável”, com números “excelentes”, que conquistou “tudo”. Ele obteve expressivos resultados, inclusive sobre rivais como Argentina, Itália e Inglaterra. Nem sempre foi assim. Façamos como o próprio técnico, que costuma pedir aos jornalistas para “refrescar a memória”. Em 2006, empate com a Noruega e 3 a 0 sobre a Argentina de Alfio Basile com apenas dois titulares de hoje, Mascherano e Messi. Novo jogo relevante só na derrota (0 a 2) para Portugal de Felipão. Na escalação, a defesa da Copa: Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto e Gilberto Silva. Contra a Turquia, Afonso titular e 0 a 0 no placar.
Copa América: na estreia, México 2 a 0. Depois, 3 a 0 no freguês Chile e fraca atuação no 1 a 0 sobre o Equador. Seria fantástico para Dunga se jogasse apenas contra os chilenos, que no duelo seguinte levaram de 6 a 1. Com o Uruguai, 2 a 2. Jogo sofrível. Nos pênaltis, Pablo García perdeu a chance de definir. Lugano errou e a vaga na final foi para o Brasil, que pouco mostrara. Na decisão contra a Argentina, aula de contra-ataque, 3 a 0 e título que ofuscou os muitos maus momentos. Mas eles voltariam nas Eliminatórias, em empates na Colômbia e no Peru. Houve os 5 a 0 sobre um Equador em crise, que três dias antes perde–ra em casa para a Venezuela. Eram más atuações até em vitórias, como nos 2 a 1 sobre o Uruguai, quando a torcida chegou ao Morumbi pedindo Rogério Ceni e foi embora aplaudindo Julio Cesar.
Em 2008, história: a primeira derrota para a Venezuela. Nova queda (0 a 2) diante do Paraguai e empate sem gols com a Argentina em noite de vaias dos mineiros ao técnico e aplausos a Messi. Reação veio nos 3 a 0 sobre o… Chile, claro. Os venezuelanos também imaginaram ser possível encurralar os brasileiros, ofereceram o contra-ataque e levaram 4 a 0. Já no Brasil, pífios jogos sem gols com Bolívia e Colômbia. No amistoso com Portugal, 6 a 2! Logo depois, Julio Cesar segurou o bombardeio do Equador, que finalizou mais de 30 vezes em Quito.