Uma resolução emitida por Gilberto Laranjeiras, gestor da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Parauapebas, vai abrir portas para que melhorias sejam implementadas no Centro Especializado em Reabilitação II (CER II), a fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que dependem dos serviços prestados pela unidade. A situação do centro virou pauta de recente reunião do Conselho Municipal de Saúde durante a qual foram identificadas carências que o governo entendeu que precisam ser de fato sanadas para otimizar o atendimento. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
O CER de Parauapebas é habilitado para dois tipos de reabilitação: a física e a intelectual. Ele atende pessoas de todas as faixas etárias com deficiência física temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente ou contínua, que requeiram e a quem seja possível a reabilitação necessária para melhorar a qualidade de vida, com máxima aquisição de autonomia. Também atende crianças e adolescentes até 14 anos, com serviços de reabilitação intelectual.
No órgão, são prestados serviços de reabilitação multiprofissional, com 14 fisioterapeutas de cuidado adulto e cinco de cuidado infantil; seis psicólogos para reabilitação intelectual, um dos quais especializado em neuropsicologia; oito fonoaudiólogos; e um terapeuta ocupacional. Uma das queixas do Conselho de Saúde é que há carência de terapeutas ocupacionais, “visto que o quantitativo atual não cumpre a carga horária mínima para atender aos critérios de habilitação perante o Ministério da Saúde”.
Na equipe multiprofissional de serviços de demanda espontânea ou que requer outro tipo de cuidado especializado, o CER conta quatro assistentes sociais, um deles no quadro de gestão; três enfermeiras; quatro técnicos de enfermagem; um nutricionista; uma médica clínica geral; um psiquiatra, cedido ao centro uma vez por mês; e um neurologista. Nesse cenário, o Conselho diz haver déficit de neurologistas e necessidade de contratação de ortopedistas e pediatras.
Queixas e solução
Outra queixa é com relação à falta de equipamentos fundamentais para treino de mobilidade, carência de recursos lúdicos e pedagógicos, falta de ferramentas e mobília básica, bem como urgente necessidade de adequação do espaço de atendimento. “O maior desafio do CER, atualmente, consiste na garantia de espaço físico adequado e definitivo,” destaca o Conselho, listando, por exemplo, a dificuldade de espaço para tocar projetos de reabilitação e atividades terapêuticas grupais com os pacientes da reabilitação intelectual.
Mas a solução para as dificuldades reportadas está a caminho. Nesta quinta-feira (21), foi publicado no Diário Oficial do Município o resumo da checagem das condições do CER e aprovada a adequação do centro com vistas a suprir todas as carências reportadas na Resolução nº 40/2022. Agora, com o aval do Conselho, a Semsa vai focar na estrutura física, na garantia de recursos materiais e na ampliação do quadro de profissionais para seguir prestando atendimento de qualidade face ao aumento da demanda de pacientes de reabilitação. Os recursos para implementar as mudanças já devem entrar na programação orçamentária de 2023.