Nesta segunda-feira (7), cerca de 200 empresários do município de Marabá, no sudeste do estado, fecharam suas portas para se juntar às centenas de manifestantes acampados diante da sede do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS). A paralisação faz parte de demonstrações realizadas por todo o país contra o resultado do pleito presidencial, anunciado no dia 30 de outubro, ocasião em que foi eleito o petista Luiz Inácio Lula da Silva.
O enorme acampamento montado em frente ao quartel atrapalhou o trânsito da BR-230, que ficou completamente travado, estendendo um percurso que se faria em cinco minutos – entre o km 6 e o Cidade Jardim – para uma hora.
O número de empresas que aderiram ao movimento foi divulgado pelo Sindicato do Comércio de Marabá (Sindicom).
O protesto
Devidamente caracterizados com camisas da Seleção Brasileira e portando a bandeira brasileira, os acampados gritavam palavras de ordem, como “SOS Forças Armadas”, clamando pelo que chamavam de “intervenção federal”.
Os manifestantes têm se negado a conversar com a Imprensa, mas deixam claro que a motivação por trás dos protestos é a rejeição do resultado da eleição presidencial, por entenderem que houve fraude. Até o momento, nenhuma prova ou mesmo indício da suposta transgressão foi apresentada.
Para o Ministério Público Federal (MPF), esse tipo de conduta pode ser caracterizado como crime. O Exército Brasileiro, instado a emitir nota sobre a ocupação levantada na porta de uma de suas unidades, ainda não se manifestou sobre a situação.