Cinco são presos durante desocupação de acampamento bolsonarista em Belém

Ação foi conduzida pela Polícia Militar do Pará. A ação teve o apoio da prefeitura da capital
Acampamento em Belém foi desmontado na segunda-feira, (9), em cumprimento a determinação judicial do STF

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Brasília – Em cumprimento a despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou todos os acampamentos do país serem desfeitos, depois que manifestantes invadiram e depredaram os prédios do STF, o Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, no domingo (8), um destacamento da Polícia Militar do Estado desmontou o acampamento de manifestantes contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ,montado em frente ao Batalhão Pedro Teixeira, do Exército, em Belém. Cinco foram presos por desobediência e desacato.

A operação teve suporte da Prefeitura de Belém e do governo do Pará. Os manifestantes montaram o acampamento desde o resultado do segundo turno, em 30 de novembro, que foi desfeito na operação de segunda-feira (9). Antes, por obstruir as calçadas e parte das pistas leterais da Avenida Almirante Barroso, a oprincipal via de entrada da capital, o acampamento já havia sido desmontado várias vezes, mas o manifestantes sempre voltavam, e em maior número.  

As cinco pessoas presas pela Polícia Militar durante a ação no acampamento foram encaminhadas à Polícia Federal para identificação, tomada de depoimentos e devem ser recolhidos, conforme cada caso, a uma unidade do sistema prisional.

“Em respeito à decisão do ministro Alexandre de Moraes, a Prefeitura de Belém irá colaborar com as ações para retirada das barracas que impedem o direito de ir e vir e atentam contra a democracia na Av. Almirante Barroso”, escreveu o prefeito Edmilson Rodrigues (Psol), em postagem no Twitter, antes mesmo da operação acontecer.

Governador Helder Barbalho (MDB), em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal em exercício, Veneziano Vital do Rêgo e governadoras dos 25 estados e do Distrito Federal

Já o governado Helder Barbalho (MDB), também na rede social, afirmou que o Pará foi “o primeiro Estado do Brasil a cumprir a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes”.

Ainda na segunda-feira (9), Barbalho foi o primeiro governador a se pronunciar na reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber com os 27 governadores do país. “Aqui no Pará, não vamos admitir atos terroristas e ações como as que aconteceram em Brasília”, disse o governador.

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.