Em 26 de novembro de 2017 o movimento de luta pela terra perdeu um dos seus mais ferrenhos defensores. Nessa data, morreu em Paris (França), a 8 mil quilômetros do sul e sudeste do Pará, Frei Henri Burin des Rozieres ou, simplesmente, Frei Henri, que viveu no Brasil de 1978 a 2013. Ele era formado em Direito e atuou como advogado da Comissão Pastoral da Terra em Goiás e no Pará, onde, na CPT de Xinguara, combateu o trabalho escravo e defendeu os trabalhadores em sua luta contra a opressão e a violência.
O religioso francês será homenageado neste sábado (14) em “Ato Político e Celebração Ecumênica em Memória ao Frei Henri”, em Curionópolis, pelos 40 anos de sua chegada ao Brasil. Na ocasião, as cinzas dele serão depositadas no Acampamento Frei Henri.
Como advogado, ele atuou na condenação dos assassinos dos líderes sindicais João Canuto, morto em Rio Maria (PA) em 1985, e de seu sucessor, Expedito Ribeiro de Sousa, assassinado em 1991.
Em 1994, o dominicano foi condecorado com a Legião de Honra da França, e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais por sua atuação em prol dos direitos humanos.
Devido a graves problemas de saúde, que dificultaram sua mobilidade, frei Henri retornou a Paris em 2013 e, em 2017, morreu aos 87 anos de idade.
Programação
Local: Acampamento Frei Henri – Curionópolis
9h – Acolhida
10h – Ato Ecumênico
11h30 – Ato Político e Cultural
13h – Almoço Coletivo
14h30 – Lançamento do Livro “Apaixonado por Justiça”
16h – Encerramento