Círio de Marabá foi o maior do pós-pandemia, apesar do forte calor

Número de fiéis que participaram da procissão teria chegado aos 300 mil, segundo comandante do Corpo de Bombeiros

Continua depois da publicidade

Sem paradas para homenagens ao longo dos 7 quilômetros do trajeto, sem grandes problemas com segurança. Quem olhar por esse ângulo, pensará que o Círio de Marabá foi “insosso”. Mas o evento foi marcado por uma jornada de alegrias para a grande maioria dos romeiros que participaram do evento na manhã deste domingo, 15.

A berlinda saiu da Velha Marabá às 7 horas da manhã e chegou ao Santuário da Folha 16 às 11h da manhã, em uma das procissões mais rápidas já registradas.

A programação iniciou cedo, às 6h da manhã, com a missa, celebrada pelo bispo Dom Vital Corbellini. Logo após, a imagem foi colocada na berlinda, que seguiu pela Avenida Antônio Maia, na Marabá Pioneira, passando pelo bambuzal, rodovia Transamazônica, VP-8, Prefeitura, VP-7, até chegar ao Santuário da Folha 16.

A romaria, que chegou este ano à sua 43ª versão, foi a que reuniu o maior número de participantes no pós-pandemia, mas longe dos 300 mil anunciados pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Marabá, Valtencir da Silva Pinheiro, ao final da peregrinação. Para que isso tivesse acontecido, precisaria participar toda a população de Marabá, além de mais de 36 mil pessoas de fora, o que certamente não aconteceu, já que grande parte dos moradores é evangélica e não foi à romaria. Sem contar que muitos católicos também não puderam ir à caminhada de fé, seja por problemas de saúde ou de outra natureza. Outro militar da mesma corporação, ouvido pela Reportagem do Blog, avaliou que o Círio, apesar de sua grandeza, tinha no máximo 150 mil pessoas.

O Círio das Artes deu tom de gala ao evento na saída e na chegada, com a participação dos cantores Carmen Monarcha, Danilo Dyba, o tenor Márcio Gomes, Patrícia Oliveira, Nilva Burjack, Júnior Oliveira, Sara Maria e Nenzinha do Calypso, que fizeram apresentações apoteóticas com canções relacionadas ao evento e de exaltação à Nossa Senhora de Nazaré.

No palco montado em frente à Prefeitura Municipal, dezenas de autoridades prestigiaram a passagem da procissão, entre eles o prefeito Tião Miranda, que sempre faz questão de participar do evento. “É uma festa bonita. São milhares de pessoas que vêm de Marabá e de toda a região. A gente já passou por eles e viu o tanto de gente que tem. Cresce mais o número de pessoas a cada ano. É uma coisa bonita, organizada. É uma homenagem que a gente faz à Virgem de Nazaré e a Prefeitura tem de estar presente. É uma festa de alegria, uma louvação a Deus. A gente fica muito feliz em ver as pessoas participando”, disse o gestor municipal”.

O secretário municipal de Cultura de Marabá, Genival Crescêncio, avalia o impacto cultural da manifestação religiosa no município. “Todos os anos a Prefeitura de Marabá presta essa linda homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Lembrando que essa manifestação é tombada como patrimônio de natureza imaterial do Estado do Pará. No ano passado, o Município  também tombou essa manifestação a nível de município e, mais uma vez, estamos aqui juntos para celebrar com toda a comunidade de Marabá mais este grande evento, que é o 43° Círio de Marabá”, observa.