O clima segue tenso no Centro de Recuperação de Redenção, sudeste paraense, na manhã desta sexta-feira (24). Desde a madrugada, um grupo de detentos realiza um motim devido as péssimas condições da carceragem que segundo os presos está com superlotação nas celas. Outra reclamação é a má qualidade dos alimentos servidos dentro da prisão. Os detentos chegaram a queimar vários colchões de dentro das celas.
Segundo informações da Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado), quatro agentes prisionais estão sendo mantidos como reféns pelos presos. Os detentos conseguiram realizar a rebelião depois que dois presos voltavam de um atendimento médico e acabaram rendendo os agentes que estavam de plantão.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estão no local tentando negociar a liberação dos agentes reféns, enquanto que representantes da OAB-PA acompanham de perto as negociações.
A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) informa que quatro agentes prisionais são feitos reféns por 19 internos do Centro de Recuperação de Redenção (CRR), sudeste paraense. O motim começou por volta das 21h de ontem, depois que um detento da cela 12 do bloco B, avisou que estava passando mal e foi retirado por agentes de plantão para atendimento médico. Depois de ser atendido, os servidores retornaram com o detento para o bloco carcerário quando foram atacados pelos presos da cela e rendidos.
Cerca de 160 detentos do bloco B estão fora das celas no local destinado ao banho de sol. Homens do Grupamento Tático Operacional (GTO) da Polícia Militar foram acionados.
O juiz Haroldo Fonseca, titular da 2º Vara Criminal de Redenção, participou das negociações junto com o Comandante do 7º Batalhão da PM, mas a conversa foi suspensa durante a madrugada. Durante a manhã desta sexta-feira, é aguardada uma tropa de militares que está indo para a cidade reforçar a segurança na unidade prisional.
As negociações seguem. A motinados, os detentos reivindicavam melhorias no atendimento médico, reclamaram da superlotação e pedem agilidade da justiça no andamento dos processos.
Por Fábio Relvas