Coluna do Chico Brito

COMIGO, NÃO
A reação ameaçadora de um vereador a nós e à nossa coluna, de verdade, não tem a ver com a informação sobre quem apoiou quem nas últimas eleições. Apoio que, aliás, no caso, não fedeu nem cheirou. A reação é apenas tentativa de intimidação por que estamos acompanhando atentamente a questão atual da suplementação orçamentária. O povo tem direito de saber das negociações que rolam no Legislativo para a sua aprovação.

NAS MÃOS DELES
A situação é esta: quando pede uma suplementação de orçamento o prefeito está nas mãos dos vereadores. Refém até o último fio de cabelo. Ele não tem saída. Seja o que for exigido, ele tem que ceder. O que é preciso ver é o quê os vereadores exigem dele nesta hora. Se obras e ações do interesse da população, ou se negociarão na surdina seus interesses próprios e pessoais, deixando tudo continuar como está. Na mesma.

ESTRATÉGIA MANJADA
O caput da Comissão de Orçamento na Câmara (e escrevi “caput”, que é latim, não cappo, que é coisa de máfia, é italiano), lança mão do expediente de atacar este colunista para armar um circo e desviar a atenção do que interessa realmente ao povo saber: o que a Câmara, a Comissão, mais especificamente, está negociando nesta história de Suplementação Orçamentária.

PANIS ET CIRCENSES
Não sou um animal famélico nem de pão nem de poder. Menos ainda um animal circense. E a Comissão de Orçamento, e a Câmara, como um todo, tem é que esclarecer, prestar contas ao povo, das negociações em torno da Suplementação Orçamentária. Por exemplo, por que não aprovou os 30% que o prefeito pediu? E ninguém explicou. Apoiar “A” ou “B” é direito democrático que cada um exerce como bem entender.

AGRADECIMENTOS PETISTAS
Os bancos nunca tiveram lucros tão altos no Brasil quanto no governo Lula. Foi isto, aliado à bolsa família, que fez o prestígio de Lula e a vitória de sua candidata nas eleições passadas. Entre as duas pontas, – os muito ricos, que financiam e os muito pobres, que dão os votos – a classe média fica espremida. E agora o governo anuncia que o imposto sobre o cheque poderá voltar. Será o primeiro presente que o povo receberá, em agradecimento.

JUSTIÇA SOCIAL
Vimos, na semana passada que Justiça é mais do que anseio, seja individual ou coletivo. Ela se realiza no momento em que se coloca em prática esse anseio. Toda Justiça, portanto, é social. Por trás de um eterno discurso pleonástico de “Justiça Social”, alguma coisa se pretende esconder. Que pode ser a sanha de poder através da manipulação da massa mais desavisada, pobre de recursos financeiros, mentais, morais.

ALOPRADOS
E a cada eleição me aparecem mais aloprados e avariados por lavagem cerebral ideológica do que se imagina. Grande parte até de boa formação intelectual, mas que surta nas retas das disputas. Ou que alinham esperando as benesses de algum cargo depois. Discursos de Ana Júlia, de “Justiça Social” são evidente enganação. Os menos aquinhoados de inteligência acreditam neles. E o resto faz de conta. Au révoir.

LULA
E eu quase comia mosca e deixava de registrar. Nesta eleição Lula aloprou-se. Em determinados momentos era a própria encarnação de um finado ex-vereador de Parauapebas.

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