O prefeito Tião Miranda teve um janeiro inesquecível. A Prefeitura de Marabá bateu recorde histórico de arrecadação, com R$ 80,62 milhões líquidos, no primeiro mês deste ano. E, no bimestre, Tião viu entrar nos cofres do município mais importante do sudeste do Pará exatos R$ 143.031.775,54. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que acabou de garimpar os anexos do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) dos dois primeiros meses deste ano.
A prefeitura ainda não publicou o resultado primário das contas públicas, mas o Blog estima, a partir das receitas primárias e despesas já divulgadas pela gestão de Tião Miranda, que Marabá vai ostentar, mais uma vez, superávit fiscal robusto. Isso demonstra o cuidado e o trato do prefeito com os recursos públicos, de maneira tal que ele é considerado um dos gestores municipais mais bem avaliados num estado onde 60% dos 144 prefeitos avançaram a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no tocante à despesa com pessoal.
Além de se manter como manda o figurino, o gestor marabaense vê a receita prosperar, devagar e sempre. Em janeiro deste ano, a receita líquida foi 26% maior que os R$ 63,95 milhões arrecadados no mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro mês de mandato de Tião, janeiro de 2017, a receita de 2019 é 63% superior àqueles R$ 49,33 milhões da época.
A título de comparação, apenas o janeiro de R$ 80,62 milhões da Prefeitura de Marabá foi maior que a soma de janeiro (R$ 38,62 milhões) e fevereiro (R$ 39,25 milhões) da famosa Araguaína, município poderoso do Tocantins e cuja prefeitura ajuntou no primeiro bimestre deste ano R$ 77,87 milhões, conforme a prestação de contas do governo municipal de lá.
Marabá usa 120% menos na saúde que Parauapebas
Em Marabá, as áreas com que o poder público municipal mais gastou nos dois primeiros meses do ano foram educação, que recebeu R$ 34,55 milhões; saúde, que consumiu R$ 20,02 milhões; e urbanismo, com R$ 14,02 milhões. No confronto direto com o seu vizinho Parauapebas, Marabá claramente faz mais com menos, apesar dos problemas seculares nas áreas sociais e de infraestrutura que carrega consigo, fruto de administrações atrapalhadas no passado.
A educação marabaense consome 70% menos recursos que a de Parauapebas e a saúde pública de Marabá, no bimestre, utilizou 120% menos dinheiro que a oferecida por Darci Lermen, esta a qual alvo de um festival de críticas e que corre o risco de deteriorar com a suspensão da licitação para contratação de serviços laboratoriais, conforme divulgado ontem (1º) aqui. Vale lembrar que, por ser polo regional, a saúde pública em Marabá recebe volume de pacientes — inclusive de Parauapebas — superior ao número de pacientes locais. Para além dos gastos com serviços essenciais, a Prefeitura de Marabá teve R$ 61,29 milhões com despesas fixas no pagamento a servidores públicos. Só a folha da saúde nos primeiros dois meses custou R$ 13,96 milhões — o relatório sobre as despesas com manutenção e desenvolvimento da educação ainda não havia sido divulgado pela prefeitura até as 10h30 desta terça-feira (2). Pela parcimônia fiscal, Tião Miranda vai sendo um exemplo a ser seguido