Por Ulisses Pompeu – de Marabá
O prefeito de Marabá, Maurino Magalhães, anunciou em coletiva à Imprensa, que ainda esta semana 40% dos servidores contratados e de cargos comissionados serão demitidos. Segundo o gestor municipal, a medida é necessária para colocar em dias as contas da prefeitura. Na ocasião, Magalhães declarou também ser vítima de sabotagem durante seu governo.
Em relação à exoneração de 40% dos servidores contratados, o gestor não soube precisar a quantidade. Ontem, porém, foi divulgado que apenas da SDU (Superintendência de Desenvolvimento Urbano) foram exonerados 60 dos 144 servidores. “Não é maldade, nem revanche nem nada, e sim questão administrativa. Terei de cortar na carne e isso sei que dói”, justificou.
Maurino garantiu que terá responsabilidade e pagará todas as dívidas pendentes com fornecedores e servidores, para cumprir com a lei de responsabilidade fiscal. Segundo o prefeito, existem muitos boatos na cidade sobre sua gestão. “Não acredite em nada. Fecharei todas as contas da Prefeitura, vou prestar conta de tudo que fizemos, inclusive o vale-transporte e vale-alimentação. Este último, foi um calo no meu pé e atrasei porque não tinha o recurso necessário”.
“Eu sou um cidadão de bem, fiz muito pela nossa cidade e farei muito mais porque não morri. Tudo que fiz por Marabá foi de coração. Quem perdeu a eleição não foi o Maurino, foi a comunidade.
TRANSIÇÃO
A partir do próximo mês de novembro Maurino disse estar à disposição para fazer uma transição tranquila sem nenhum problema. “A eleição já passou, sem ódio e rancor. Vou passar a faixa em 1º de janeiro para o deputado João Salame”. “Eu fiz até um churrasco ontem para comemorar a vontade de Deus. Deus faz o que Ele quer, nem sempre nossa vontade é a Dele. Estou com a certeza de que o dever foi cumprido”.
SAÚDE
Questionado se o pouco temo que lhe resta na Prefeitura será o suficiente para amenizar o problema da saúde em Marabá, que ultimamente tem sido alvo de constantes protestos, o gestor respondeu que as más condições na saúde as quais as pessoas criticavam eram apenas uma questão de “politicagem”. “Eu tenho certeza que a saúde de Marabá está melhor do que qualquer outro lugar, como Brasília e Belém”, afirmou, apesar de reconhecer que o setor necessita de melhorias.
PERSEGUIÇÃO?
Durante seu governo, Maurino levantou a bandeira que de que foi vítima de perseguição e durante a coletiva ele reafirmou essa questão em vários momentos. “Na história de Marabá ninguém foi tão perseguido como eu. Fui perseguido pela Imprensa, política, Ministério Público, Justiça, mas consegui mostrar para todo mundo que não se faz política com ódio e nem com rancor. Perdoou todos que me perseguiram, sei que eles não estão de consciência tranquila e serão amaldiçoados”, desabafou.
OBRAS
Maurino prometeu deixar inauguradas até o final deste ano oito escolas, sendo quatro na zona urbana e quatro na rural, além da primeira fase do Estádio Municipal, passarela em frente ao INSS e, talvez, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Ele prometeu ainda que até o final do seu mandato a área para construção do Terminal Integrado de Passageiros (na Folha 33) estará disponível.