Na manhã desta segunda-feira (06.07), um grupo de comerciantes de Conceição do Araguaia participou de uma manifestação na Rodovia PA 447, próximo à divisa do Tocantins, contra a decisão da Justiça que determina o fechamento das atividades não essenciais no município.
De acordo com informações do Tenente Coronel da Polícia Militar de Conceição do Araguaia, Paulo Daniel Ribeiro da Silva, a manifestação foi pacífica. “Eles querem que o funcionamento de seus estabelecimentos seja liberado”, explica o tenente.
Segundo ele, um grupo de proprietários de bares, restaurantes e academias de Conceição do Araguaia bloqueou a passagem de veículos e posteriormente no local, foi iniciada uma negociação para liberação da Rodovia. “Sugerimos que os manifestantes montassem uma Comissão com cinco integrantes para ir até o Ministério Público conversar com a Promotora de Justiça”, disse o Tenente Coronel.
A reunião ocorreu no prédio do MPPA, por volta das 12h. “Os comerciantes receberam explicações sobre circunstâncias que levaram a Justiça determinar o fechamento de bares, restaurantes e academias na cidade, em total respeito ao que está previsto no Decreto Estadual firmado pelo Governo do Estado do Pará, que passou a classificar a região do Araguaia como Área Vermelha de alerta no combate à Covid-19”.
Os comerciantes utilizaram a manifestação como resposta à Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Estadual, 3ª Promotoria de Justiça de Conceição do Araguaia, que pede o fechamento dos bares, restaurantes, lojas de conveniência e similares, bem como academias, que estejam em contrariedade com o disposto no decreto estadual.
De acordo com o MPPA, as medidas visam reduzir os impactos da transmissão da Covid-19 no município, decorrentes da continuidade das atividades indicadas como não essenciais.
A Justiça divulgou a decisão no dia 03 de julho de 2020, e determinou que o município edite um decreto de fechamento das atividades não essenciais, já definidas em decreto estadual, com bandeira vermelha, por período não inferior a 14 dias, prorrogáveis, caso seja necessário, após reavaliação da vigilância sanitária municipal e achatamento ou estabilidade da curva.
Até o momento desta publicação, o decreto municipal ainda não havia sido divulgado e os manifestantes continuam bloqueando a pista.