Comércio varejista despenca 17,2% no primeiro mês cheio da pandemia no Pará

Potencial de consumo do estado, estimado em R$ 115,92 bi, retraiu em abril, segundo IBGE. Em queda histórica, país inteiro também foi afetado com quedas que romperam faixa de 30%.

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As notícias econômicas desta terça-feira (16) não vieram boas para o Pará. A Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã de hoje revela a maior queda na atividade comercial do estado para o mês de abril: 17,2% em volume de vendas no comparativo com o mesmo período do ano passado. Em receita nominal, a queda foi de 14,3%. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.

O impacto no volume de vendas paraense foi o 13º maior entre abril de 2019 e abril de 2020. O vizinho Amapá registrou o maior decréscimo no Brasil (-31,6%), seguido pelos estados de Espírito Santo (-23,4%), São Paulo (-23,3%), Ceará (-23%), Piauí e Amazonas (ambos com -22% na atividade comercial).

Já no comparativo entre março e abril deste ano, o Pará tombou 21%. Por incrível que pareça, apesar de ter perdido um quarto do movimento comercial habitual em decorrência das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a maior economia do Norte foi a sétima a sentir menos impacto de um mês para outro. As menores quedas foram verificadas em Santa Catarina (-19,7%), Minas Gerais (-19,3%), Mato Grosso (-17%), Roraima (-16,5%), Mato Grosso do Sul (-15,8%) e Tocantins (-14,7%).

Amapá (-41,4%), Ceará (-37,2%), Rondônia (-35,9%), Piauí (-35,9%), Bahia (-33,3%), Pernambuco (-32,2%), Amazonas (-32%) e São Paulo (-30,4%) puxaram o crescimento negativo do país, que rolou 27,1%.

Potencial de consumo

Outro dado divulgado, mas por uma consultoria de análise de mercado, mostrou que a população paraense tem R$ 115,92 bilhões disponíveis para consumo ao longo deste ano. O estado responde por 2,596% do consumo de bens e serviços do país em 2020. A participação encolheu levemente, uma vez que no ano passado o potencial de consumo estimado para os paraenses foi de 2,602%.

Em Belém, o potencial de consumo estimado é de R$ 29,01 bilhões, o correspondente a 0,6497 da fatia nacional. No ranking das maiores cidades brasileiras, os consumidores fazem da capital paraense a 14ª maior praça de compras de bens e serviços.