Comissão de Agricultura da Câmara aprova projeto que prevê crédito para agricultura familiar no Marajó

De autoria do senador Zequinha Marinho, área beneficiada pelo projeto reúne 17 municípios. Projeto já foi aprovado no Senado
Projeto equaliza a desigualdade regional na distribuição de recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

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O projeto de lei nº 486/2020, do Senado Federal, que prevê tratamento especial para linhas de crédito e assistência técnica e extensão para agricultores e empreendimentos familiares rurais da região do Marajó, no Pará, avançou e foi aprovado na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, na sessão da última quarta-feira (9).

De autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), a matéria beneficia uma área na região do Arquipélago do Marajó que reúne 17 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cacheira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Oeiras do Pará, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, até Soure.

A proposta inclui ainda a redução das desigualdades sociais e regionais entre os princípios a serem observados pela Política Nacional de Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. A norma orienta a execução do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Pelo texto, caberá ao poder público estabelecer as condições especiais para a região do Marajó, que deverão levar em conta as particularidades regionais. Sempre que possível e tecnicamente recomendável, os instrumentos da política nacional oferecerão condições diferenciadas para a agricultura familiar.

“A distribuição dos recursos entre as regiões do país, para a agricultura familiar e para o crédito rural, é bastante desigual, favorecendo áreas mais desenvolvidas do Centro e do Sul em detrimento do Norte e do Nordeste,” afirmou o autor da proposta, Zequinha Marinho, ao defender as mudanças.

O relator da proposta na Comissão de Agricultura, deputado Augusto Puppio (MDB-AP), recomendou a aprovação da proposta. “O tratamento diferenciado aos agricultores da Ilha do Marajó parece justo e oportuno, pois o semiárido local opera sob condição desafiadora,” disse.

Para ser aprovado, o PL, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, já tendo sido aprovado pela Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.

Por Val-André Mutran – de Brasília