O Campeonato Paraense vai retornar no próximo dia 1° de agosto para a disputa da 9ª rodada da 1ª fase, e a expectativa toma conta dos jogadores, clubes e dos torcedores das 10 equipes participantes da competição estadual. Com os árbitros do quadro da Federação Paraense de Futebol (FPF), não é diferente. Todos estão na expectativa de poder atuar em jogos do Parazão, sendo um desafio em tempos de pandemia para os profissionais envolvidos no evento esportivo.
“É muito desafiador. A gente tem certeza que os árbitros vão superar, os jogadores, a imprensa, e todos os envolvidos vão superar essa fase difícil. Vamos retornar as nossas atividades normais”, afirmou Lúcio Ipojucan Mattos, presidente da Comissão de Arbitragem (CA-PA).
O Parazão 2020 foi paralisado no mês de março logo após a 8ª rodada da fase classificatória. Com mais de três meses de paralisação, árbitros e assistentes tiveram que se readaptar com rotinas diárias de treinamentos em casa, e a parte teórica das novas regras do futebol, estudaram pela internet. O protocolo de segurança montado pela FPF vai trazer mudanças como de não poder trocar camisas no final da partida, beijar a bola, cuspir no chão e cada equipe poderá fazer cinco substituições.
“Evitar ao máximo o contato entre os jogadores e as cinco substituições que vão poder ser feitas, é justamente por conta dessa preparação física, que não está adequada a todos os jogadores, que vão ter o máximo de substituições e com certeza vamos nos adaptar ao novo normal”, disse Lúcio Ipojucan.
Mas por conta do protocolo de segurança, dos 130 profissionais da arbitragem do Pará, entre árbitros e assistentes, apenas 26 deles vão atuar nas partidas quando a bola voltar a rolar para o Campeonato Paraense. A redução se faz necessário nesse momento, já que todos os profissionais passarão por testes da Covid-19 antes dos jogos, e isso vai gerar custo para a Federação Paraense, que vai ficar responsável pela testagem da arbitragem.
“Tudo isso vai gerar um custo para a federação que fica responsável por esses testes dos árbitros. Tivemos que diminuir esse número de árbitros, e isso também está incluído no protocolo de segurança, a diminuição das pessoas envolvidas no espetáculo. Todos os jogadores terão que ter o distanciamento, vão ter que está usando máscara, inclusive os técnicos. Todos os envolvidos ali próximo dos jogadores vão ter que entrar nesse protocolo para que não haja a proliferação dessa doença”, finalizou Lúcio Ipojucan.
Por Fábio Relvas / Foto: Fábio Costa