A Assembléia Legislativa promove no próximo sábado (12), em Eldorado dos Carajás, no sudeste do Estado, audiência pública para tentar encontrar uma solução que minimize os conflitos agrários na região.
A reunião será em frente à Secretaria Municipal de Educação e Cultura, às 14h30, e deve reunir em torno de três mil pessoas. O autor da proposição de audiência púbica é o deputado estadual, Arnaldo Jordy (PPS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.
O caso principal a ser debatido será o conflito que culminou, no último dia 23 de agosto, com a morte do agricultor de 20 anos, Wagner Nascimento da Silva, durante uma possível emboscada próximo a Vila Betel, localizada no município. A morte do colono teria sido praticada por funcionários da fazenda ligada ao grupo da Santa Bárbara, do empresário Daniel Dantas.
A polícia já teria confirmado essas suspeitas, segundo informações repassadas pelo delegado local ao deputado Arnaldo Jordy. “Entramos em contato com o delegado e ele nos informou que tudo indica que foi execução”, disse o parlamentar, que vai ficar no aguardo do resultado do inquérito policial.
A Comissão de Direitos Humanos também vai agendar uma reunião com os dirigentes do Incra de Marabá para tentar encontrar uma solução que reduza a violência no campo. Para o encontro serão convidados representantes da Ouvidoria Agrária Nacional e da Comissão Nacional de Direitos Humanos.
Na semana passada, uma comissão de deputados recebeu o presidente do Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais de Marabá, Adilson Barbosa, conhecido por blindado, que denunciou estar sendo ameaçado de morte. É que ele quem lidera o grupo que permanece acampado na fazenda do grupo Santa Bárbara e, por isso, seria o principal alvo da emboscada que matou Wagner Silva. A fazenda, que já teria sido destinada para fins de reforma agrária, foi ocupada, em fevereiro deste ano, por cerca de 400 famílias.
Participaram da reunião, os deputados Arnaldo Jordy, Tetê Santos, Bernadete Caten, Luiz Cunha e Júnior Hage, além de representantes da Sociedade de Defesa de Direitos Humanos.
Fonte: Assessoria Parlamentar