No período de 24 a 28 de outubro estará em Guiné-Bissau uma comitiva brasileira para realizar a I Missão Internacional Integrada de Cooperação Solidária Amazônia Paraense & Guiné-Bissau, cujo um dos objetivos é fomentar a cooperação solidária, no contexto da (re)valorização das conexões Brasil e África. Entre os integrantes da comitiva, estão os deputados estaduais paraenses Carlos Bordalo (PT) e Lívia Duarte (PSOL), que são presidente e vice da Comissão de Direitos Humanos, Defesa do Consumidor, dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Mulher, da Juventude, da Pessoa Idosa e Minorias da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). 

A Comitiva é composta pelo secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH) Jarbas Vasconcelos do Carmo; pela promotora de Justiça Lilian Braga do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA); a advogada Meire Costa Vasconcelos; e a professora Jacqueline Freire, do projeto Djumbai, da UFPA.

A comitiva visa ampliar articulações de cooperação internacional e solidária no campo da Memória, Verdade e Liberdade; Direitos Humanos, Igualdade Racial; Educação Popular; Juventudes, Agroecologia, parcerias acadêmicas em nível de ensino de graduação e pós-graduação, extensão universitária, pesquisa, gestão e publicações; aliada ao diálogo sobre memória e ativismo social.

Uma das finalidades estratégicas da missão é a criação do Museu da Memória, Resistência e Direitos Humanos (MURE), dos Programas “Por uma Amazônia Negra: escravidão africana, pós-abolição, quilombos e remanescentes de quilombos” e “KABAZ: elos de solidariedade África/Guiné-Bissau e Amazônia Paraense” pela SEIRDH, sendo estes dois últimos em colaboração com o Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do MPPA e com o Djumbai, da UFPA e UEPA, projeto vinculado à Rede Internacional de Educação Popular Diálogos com África e à Campanha Latino-Americana, Caribenha e Africana em Defesa do Legado de Paulo Freire.

Durante os cinco dias, a comitiva seguirá uma agenda de visitas a monumentos históricos na capital do país, reuniões com Ministros de Estado, diálogos com pesquisadores e representantes de instituições de ensino universitário e Embaixadores, cuja finalidade faz parte dos objetivos abaixo:

❖   Fomentar a cooperação solidária Amazônia Paraense e Guiné-Bissau, no contexto da (re)valorização das conexões Brasil e África, a partir de ações interinstitucionais com o Governo e o Parlamento, a Diplomacia, a sociedade civil, movimentos sociais, instituições de ensino e pesquisa, órgãos públicos do estado do Pará, do Brasil, da Guiné-Bissau e de países parceiros

❖   (Re)Valorizar histórias, memórias, culturas e saberes de povos originários, ancestralidades africanas, povos tradicionais, a partir do (re)conhecimento de suas contribuições no passado, presente e futuro da (Pan)Amazônia, África, América Latina e Caribe.

❖   Debater bases da cooperação solidária entre a Amazônia Paraense e a Guiné-Bissau, alinhando assim prioridades temáticas de propostas de programas, projetos e ações concretas a serem implementadas no período de 2024 a 2026.

❖   Intercambiar experiências entre o Ministério Público do Pará e o Ministério Público da Guiné- Bissau.

❖   Prospectar potenciais parcerias com organismos internacionais, especialmente as agências da ONU sediadas na Guiné-Bissau.

❖   Promover diálogos com a Diplomacia de países africanos com conexões históricas com o Brasil e a Amazônia em particular.

❖   Fortalecer a internacionalização da educação superior de universidades parceiras brasileiras e da Guiné-Bissau, buscando estreitar laços de cooperação no ensino de graduação e pós-graduação, na pesquisa, na extensão e na gestão acadêmica, numa perspectiva interdisciplinar e multitemática.

❖   Contribuir no resgate e valorização do legado de Paulo Freire e de Amílcar Cabral na Guiné- Bissau, inclusive dialogando sobre o centenário de Amílcar Cabral em 12 de setembro de 202

A missão é realizada pela Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH); do governo do Pará, a Comissão de Direitos Humanos da Alepa; o Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (NIERAC) do MPPA, a Rede Djumbai: Educação Popular Antirracista, Direitos Humanos e Cooperação Solidária Amazônia Paraense & África, coordenada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Estado do Pará (Uepa) em parceria com a Universidade da Amazônia (Unama) e a Universidade de Brasília (UnB).

(Texto: Jornalista Enize Vidigal)