A punição do Conar ao clube paraense Remo e sua agência, a Beira Rio Comunicações, se deveu a um caso de plágio do time ao case “República Popular do Corinthians”, criada pela F/Nazca S&S para a Nike, patrocinadora do Corinthians. A versão do Remo que foi considerada plágio intitula-se “Clube do Remo – O Remo é meu. Nada vai nos separar”.
A denúncia que originou o processo partiu da F/Nazca. A “República” consistia no lançamento do conceito de uma nação, fato que norteou as iniciativas de marketing do Corinthians em 2010 – o ponto de partida era a ideia de que os 30 milhões de torcedores do time formam uma nação maior que muitos países.
A campanha integrada envolveu diversas frentes, como internet, TV, ações promocionais (com forte apelo em redes sociais), marketing direto, distribuição de camisas e até um kit com certidão de nascimento e um passaporte que é carimbado a cada jogo.
A campanha gerou R$ 13 milhões em mídia espontânea para o clube com a ajuda de corintianos famosos. Em um evento público, o então presidente Lula recebeu e vestiu a “faixa presidencial”. O apresentador Silvio Santos exibiu, orgulhoso, em seu programa de TV a sua “certidão de nascimento” e o seu “passaporte” da República Popular do Corinthians.
Num movimento análogo, a Beira Rio Comunicação criou uma série de ações para levantar o moral dos torcedores do Remo, partindo do incentivo à presença em treinos até arrecadação de fundos para o clube. Após a denúncia da F/Nazca e da decisão do Conar, a campanha teve de ser suspensa – e clube e agência receberam advertência, dada a gravidade da infração.
Fonte: Blog Marketing Legal