Visando melhorar a produção cacaueira do Pará e ampliar o reflorestamento de áreas degradadas, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado (Ideflor-Bio), por meio da Gerência Regional do Carajás, esteve no município de Conceição do Araguaia, no período de 30 de agosto a 3 de setembro, realizando capacitações em implantação e manejo de Sistemas Agroflorestais e produção de defensivos alternativos, como a Calda Sulfocálcica e Bordalesa, para controle de pragas e doenças que afetam a plantação de cacau.
Na ação, foram ministradas três capacitações em solicitação da Secretaria de Agricultura de Conceição do Araguaia (Seagri) e do Projeto Sistema Agroflorestal da Região Araguaia (Siafra). Duas capacitações foram realizadas nas comunidades rurais do Assentamento do Arraia e PA Bradesco e uma na Seagri.
Ao todo, 70 produtores participaram da capacitação que contou, ainda, com equipes técnicas das secretarias de Agricultura de Conceição do Araguaia, Santa Maria das Barreiras e de Juarina (TO). Todos os produtores presentes fazem parte do Projeto Sistema Agroflorestal da Região Araguaia.
Segundo Keylah Borges, gerente do Escritório Regional de Carajás, o Ideflor-Bio têm contribuído substancialmente para o desenvolvimento dos SAFs de Cacau no município, onde fez a implantação de um viveiro de 12mx24m, com capacidade para produzir 19 mil mudas em sacolas e 38 mil em Tubetes, no ano de 2020. O instituto também vem realizando anualmente as capacitações necessárias para o bom desenvolvimento dos Sistemas Agroflorestais com Cacau, além de serem doados insumos como bags de fibra de coco e kits de fertilizantes.
De acordo com o vice-prefeito de Conceição do Araguaia, Rondiney de Oliveira, essa capacitação, conduzida pela gerente do Escritório Regional de Carajás, Keylah Borges, que ministrou palestra sobre o manejo de poda no cacaueiro e produção de defensivos alternativos, foi de extrema relevância para todos. Ele observa também que essa transferência de tecnologia é muito importante, principalmente para o pequeno produtor que precisa desenvolver uma produção com o mínimo de recurso possível.
“Estamos aprendendo melhor a trabalhar com o manejo do cacau no modelo SAF e, o que temos visto, é que todos os produtores estão satisfeitos com essa parceria que se estende desde o ano de 2019”, enfatizou.
A Presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, afirma que o Instituto entende que o SAFS Cacau é uma alternativa muito próspera para o agricultor familiar recompor áreas degradadas e fazer a recomposição de passivos ambientais que o estado tanto precisa, além de ser uma tecnologia que preserva e controla o desmatamento. Por esse motivo, frisa Karla, o governo do estado incentiva e dá todas as condições possíveis para que os escritórios regionais possam se capacitar e fomentar a implantação de Sistemas Agroflorestais da cultura no Pará.
Tina DeBord – com informações do Ideflor-Bio