O Ministério Público do Pará (MPPA) instaurou processo para investigar a compra de um terreno pela Prefeitura de Conceição do Araguaia, sul do estado. De acordo com os documentos analisados pelo MPPA, o terreno foi adquirido em 2013 para a construção de um aterro sanitário no município.
Foram repassados R$ 51 mil para o proprietário do terreno, mas o aterro sanitário nunca foi sequer iniciado no local, assim como o imóvel nunca foi repassado ao patrimônio do município. Segundo o Ministério Público, atualmente, o lixo que é produzido em Conceição do Araguaia é despejado em um terreno, que não é adequado para isso.
Conforme a investigação do MPPA, o município pagou efetivamente R$ 51 mil, em três cheques. No entanto, o proprietário do imóvel, Itagiber Nascimento, informou que teria vendido o terreno para a pessoa física de um dos gestores, e não para a prefeitura.
Outra coisa que está sendo investigada pelo MPPA, é o real valor do imóvel. É que o proprietário informou que teria vendido o terreno por R$ 41 mil, ou seja, 10 mil a menos do que o pago pelo município.
A atual gestão ressalta que o município, no momento, não tem dinheiro para comprar outro terreno. Por conta disso, a Procuradoria-Geral entrou com ação civil de improbidade administrativa na Justiça contra a gestão que fez a aquisição do imóvel.
Para complementar as irregularidades apuradas pelo Ministério Público, o ex-proprietário do terreno garante que o então prefeito, Álvaro Brito, chegou a pagar a primeira parcela de R$ 25 mil pelo imóvel, mas não pediu recibo. Ele ainda assegura que esse foi o único pagamento que recebeu.
Já outro prefeito de Conceição do Araguaia, Valter Peixoto, eleito em 2012, informou que assinou dois cheques no início do mandato, em 2013: um de R$ 15 mil e outro de R$ 11 mil. Os valores seriam para quitar a compra do terreno.
Em nota, o ex-prefeito de Conceição do Araguaia, Álvaro Brito, informa que não fez qualquer pagamento relacionado à compra do terreno. O caso segue sendo investigado, porque há, segundo o MPPA, diversas divergências na comprar do imóvel.
(Tina Santos- com informações do G1PA)