Deputado foi condenado pelo Supremo por esterilização de mulheres. Pena deverá ser cumprida no regime aberto, por ser inferior a 4 anos.
Do G1, em Brasília, com informações da GloboNews
O deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, se entregou nesta terça-feira (25) à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. No final da tarde desta segunda (24), a Polícia Federal recebeu do STF o mandado de prisão do deputado.
Bentes foi condenado a 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por esterilização ilegal de mulheres. Como a pena determinada pela Suprema Corte é inferior a quatro anos de prisão, a punição deve ser cumprida em regime aberto, com prisão domiciliar.
A Câmara dos Deputados já foi notificada de que o processo contra Bentes chegou ao fim. Nesta segunda-feira, o deputado disse ao G1, após a expedição do mandado de prisão, estar “bem, na medida do possível”. Em 2011, o deputado foi condenado por esterilização cirúrgica irregular de mulheres. Na última quinta (20), os ministros do tribunal rejeitaram os últimos recursos contra a condenação e decretaram a prisão do deputado paraense.
“Vou cumprir a pena em Brasília, conforme o STF determinou”, disse Bentes. “Não tem como ficar tranquilo num momento como este, mas é preciso serenidade para enfrentar a situação”, disse Bentes ao G1 nesta segunda.
Renúncia
Apesar de ter afirmado ao G1 na semana passada que não pretendia renunciar ao mandato parlamentar, o deputado Asdrúbal Bentes deixou em aberto esta possibilidade nesta segunda-feira. Ele disse que irá avaliar a questão com a liderança do PMDB na Câmara.
Como a Câmara já foi notificada pelo STF sobre o fim da ação penal contra o peemedebista, agora caberá à Mesa Diretora, comandada pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), decidir se abre ou não processo de cassação contra o parlamentar. Ainda não foi definida a data em que a Mesa irá decidir sobre o caso.
Asdrúbal Bentes é o sexto deputado federal em exercício que o STF manda prender desde 1988. O primeiro foi Natan Donadon (sem partido-RO), em agosto de 2013, condenado por peculato e formação de quadrilha.
Em novembro, o STF determinou a prisão de José Genoíno (PT-SP), condenado por corrupção ativa no mensalão. Pelo mesmo processo, em dezembro, foram presos Valdemar Costa Neto (PP-SP) e Pedro Henry (PP-MT) e, em fevereiro, o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). Além disso, o Supremo determinou que José Gerardo cumpra pena alternativa.
Desfiliação do PMDB
Ao G1, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou que irá conversar com a direção estadual do partido para avaliar a situação de Asdrúbal Bentes. Segundo Raupp, a desfiliação do parlamentar da legenda “não cabe” à direção nacional.
“Essas questões costumam ser tomadas na instância estadual. Eu vou conversar com o PMDB no Pará porque aqui em Rondônia quando aconteceu o episodio com o Natan Donadon, ele foi desligado imediatamente do partido. Então, eu acho que teria que conversar primeiro com a instância estadual, que é onde compete tomar essas decisões. (…) Não chega a ser uma questão da direção nacional. A gente pode conversar sobre o assunto, sugerir, mas ele não é filiado ao diretório nacional. Isso [a desfiliação] cabe ao diretório estadual”, disse.
Raupp afirmou ainda que deverá analisar o caso de Bentes antes de comentar se é o caso de o parlamentar renunciar ou não ao mandato de deputado. “Eu não sei se é o caso. Cada caso é um caso diferente e eu não sei a gravidade do caso dele. Teria que analisar para omitir uma opinião”, completou.
3 comentários em “Condenado pelo STF, Asdrúbal Bentes se entrega à Justiça no DF”
Só porque o assunto é politico, prisão, não podemos generalizar.Rir de quê? Asdrubal é um homem que dedicou maior parte de sua vida à nossa região. Passou noites e noites debruçado sobre projetos, defesas e ideias sempre para melhorias em todas as áreas de nosso cotidiano. Sabe-se que não é um homem rico. Sabe-se muito bem que é um homem simples, educado, e nunca foi visto com rompantes de falácia e demagogia barata, típico de muitos políticos. É ilegal doar cirurgia? é. Mas não é imoral quando o SUS não cumpre seu papel a contento.Não se trata de parlamentar envolvido em mensalão, anões, sanguesugas, leite de crianças, dinheiro em garrafas de run,Petrobras e por aí outros escândalos em que Asdrubal ficou longe.Injusta a mídia do sul do Brasil a respeito do assunto, pois foi toda feita para induzir o telespectador a nivelar por baixo.
Só pode ser pra rir tudo isso!!!
foi suspenso o mandado de prisão do deputado,a decisão é do juiz Nelson Ferreira Junior,da vara de execuções penais de Brasília.
corretíssima a decisão,o deputado fez o que a lei devia fazer,obrigar o SUS a fazer a laqueadura em mulheres carentes que já tenham dois ou mais filhos.
planejamento familiar é uma das medidas que vai colocar o país rumo ao primeiro mundo,do contrário seremos um Bangladeshi das Américas.