Conferência elege novos conselheiros e aponta rumos para o futuro de Marabá

Representantes de várias entidades cobraram um plano de arborização em caráter de urgência, além de padronização das calçadas da cidade
Karam El Hajjar fala durante a audiência

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Com foco no planejamento e na gestão urbanística, ambiental e territorial do município, foi realizada, nesta quinta (21) e sexta-feira (22), a IX Conferência do Plano Diretor Participativo de Marabá. Sob a tutela da Secretaria Municipal de Planejamento e Controle (Seplan), em parceria com o Conselho Gestor do Plano Diretor Participativo, o evento reuniu especialistas, autoridades e a sociedade civil para debater estratégias de desenvolvimento e organização territorial, promovendo um espaço de diálogo sobre o futuro da cidade.

Os representantes de organizações não governamentais abordaram vários temas relacionados à urbanização da cidade, como a falta de um plano de arborização que contemple praças e outros locais públicos. Foi o caso de Késsio Alves, da Associação de Moradores do Bairro Nossa Senhora Aparecida: “Precisamos de calçadas com nivelamento padronizado, além, claro, de arborização que minimize os impactos do calor que convivemos na cidade,” disse ele.

Gestor da Seplan, Karam El Hajjar destacou a importância da conferência para a cidade: “Ela é o ápice da decisão do Conselho Gestor do Plano Diretor, um momento crucial para debatermos questões urbanas e planejarmos uma cidade melhor. É fundamental ouvir a população para, juntos, construirmos soluções que promovam qualidade de vida, preservação ambiental e organização do espaço público”.

A programação incluiu palestras e mesas-redondas abordando temas como moradia, mobilidade e expansão urbana, além de áreas de preservação ambiental. Os presentes discutiram medidas para evitar a desorganização territorial e fortalecer a participação popular na definição das diretrizes do município.

Integração entre áreas urbanas e rurais

Patrícia Capanema, secretária executiva do Conselho Gestor e palestrante no evento, ressaltou a abrangência do Plano Diretor, que deve contemplar tanto as áreas urbanas quanto as rurais do município: “É essencial que Marabá seja vista como um todo”. 

“O Plano Diretor é um instrumento técnico que organiza o território e precisa unir desenvolvimento urbano e regional, garantindo que todas as regiões, inclusive as rurais, estejam integradas ao planejamento,” explicou. 

A conferência reforçou a necessidade de aplicar instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, como o parcelamento compulsório, que visa evitar a especulação imobiliária, e assegurar que os terrenos cumpram sua função social.

Com o crescimento acelerado de Marabá nos últimos anos, o Plano Diretor Participativo emerge como um pilar estratégico para o desenvolvimento sustentável do município. A Conferência reafirmou o compromisso de ouvir as demandas da população e traçar diretrizes que promovam a qualidade de vida e o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Novos membros do Conselho Gestor do Plano Diretor Participativo de Marabá

Eleição de novos conselheiros

Outro ponto central do evento é a eleição dos 15 representantes da sociedade civil que passarão a compor o Conselho Gestor do Plano Diretor Participativo. Conforme explicou El Hajjar, os eleitos representarão segmentos como sindicatos, urbanistas e instituições de ensino, que, no ano que vem, trabalharão em conjunto com os representantes do poder público indicados para garantir que as diretrizes traçadas atendam às reais necessidades da população.