Representantes do Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) receberam na manhã desta quinta-feira (13), o diretor-tesoureiro do Conselho Federal da categoria (Cofen), Gilney Guerra. Na ocasião, foram discutidas as ações e programas que a autarquia vem desenvolvendo no estado, bem como a aprovação do Piso Salarial da Enfermagem que ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Presidente do Coren-PA, Danielle Cruz afirmou que a visita do representante federal fortalece os laços profissionais e a luta em prol dos trabalhadores(as) da categoria. “Recebemos a visita do conselheiro federal Gilney Guerra, com muita satisfação, o que demonstra o alinhamento deste regional junto ao Cofen, onde ambos seguem atuando sempre juntos pelo fortalecimento e valorização da Enfermagem,” completou.
Também participaram da ocasião o conselheiro-secretário Horácio Bastos, o conselheiro Charles Carvalho e o procurador geral Braz Mello.
Após o encontro, o diretor-tesoureiro foi convidado a conhecer as instalações da nova sede do conselho, em Belém, onde ponderou de forma positiva a atuação do regional Pará: “A gente tem acompanhado a evolução do Coren-PA junto ao Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem”.
Guerra citou a necessidade e importância da aproximação da autarquia junto aos profissionais e a comunidade. “Além dos investimentos, precisamos ressaltar que é um dos papéis do conselho dar proteção à sociedade civil; fazer a regulamentação do exercício profissional e oferecer aos nossos empregados públicos condições para trabalhar, pois com melhores condições de trabalho, certamente, isso reflete no melhor atendimento ao profissional de Enfermagem, e a gente fica muito feliz em ver essa estrutura que vai ser entregue para a Enfermagem paraense,” destacou.
Protagonismo
Para ele, a Região Norte, considerada a maior do território brasileiro, possui um número relevante de profissionais da Enfermagem do sexo feminino, o que gera um destaque positivo e serve como modelo para o resto do país. “A gente entende que essa profissão, que é majoritariamente feminina, e possui como representante do conselho a gestão de uma mulher, ganha muito destaque, não apenas para a região Amazônica mas para todo o contexto da Enfermagem brasileira,” afirmou.
Sobre a avaliação do Cofen em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Piso Salarial da Enfermagem, Guerra relatou que toda a categoria foi surpreendida com uma luta de décadas, e que os conselhos estão ativos na luta para garantir um piso decente e a valorização destes trabalhadores. “A gente viu com muita tristeza essa decisão porque foram anos de lutas que foram distorcidos. Até o momento a vitória é parcial, não interpreto como uma derrota parcial, porque nós conseguimos extinguir a palavra ‘remuneração’, que era algo que trazia muito prejuízo aos profissionais de Enfermagem,” disse.
E finalizou: “A nossa profissão tem muita peculiaridade e precisamos fortalecer a nossa categoria para que ela continue engajada e na luta para que esse piso chegue ao bolso de cada trabalhador(a). A nossa categoria além de ser o pilar da saúde, é a maior categoria da saúde. Eu digo que a Enfermagem é a construtora do sistema de saúde, em especial o sistema público e único de saúde. Nós somos o elo forte dessa corrente e precisa ser, de fato, valorizada, com salário digno, com carga horária digna e melhores condições de trabalho. A gente tem muito para fazer e vamos lutar até o final”, finalizou.