Com medo de a qualquer momento ter os serviços que oferta à comunidade prejudicados ou simplesmente paralisados, o Conselho Tutelar 2 de Parauapebas resolveu apelar ao Ministério Público para deixar no conselho os temporários que atualmente auxiliam nos trabalhos do órgão de defesa de crianças e adolescentes. O MP foi quem pediu a cabeça do prefeito Darci Lermen à Justiça sob alegação de contratação exacerbada de servidores temporários. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu.
O pedido inusitado do Conselho, assinado por três conselheiros, chegou à mesa do promotor Mauro Messias, titular da 4ª Promotoria de Justiça, na última quarta-feira (30). A entidade alega que a decisão judicial que proíbe a contratação e estabelece a demissão em massa de temporários afeta em cheio o órgão, que conta com quadro reduzido e cujos trabalhadores são essenciais para a realização das atividades rotineiras.
O Conselho Tutelar 2 pede ao parquet que mantenha o pessoal contratado “visando à manutenção do órgão” e explica que a rotatividade de servidores é prejudicial ao fluxo de serviços, principalmente porque muitos casos acolhidos por lá são sigilosos.
Cronograma mais longo
No embalo do afastamento do prefeito Darci Lermen no dia 8 de novembro, o juiz Lauro Fontes Júnior ordenou à Prefeitura de Parauapebas que fizesse redução imediata no número de temporários, mas diversos serviços podem realmente ficar prejudicados se houver demissão em massa como se especula. Enquanto os atuais contratados vivem dias de apreensão sobre o futuro a partir de 1º de janeiro, há a certeza de que mais concursos públicos são necessários, mas não se sabe quando os editais virão.
Nesta sexta-feira (2), o cronograma do concurso público ora em andamento recebeu errata, conforme publicado no Diário Oficial do Município. Agora, a homologação do resultado final do concurso ficou definida para 10 de março de 2023, mais de um mês após o inicialmente previsto, que era em 7 de fevereiro. Esse será o concurso público mais longo da história de Parauapebas, e a razão está na quantidade inesperada de inscritos ― 42 mil ―, o que exige força-tarefa de procedimentos maior que o previsto.
Com isso, fatalmente será necessário renovar contratos de temporários até a nomeação e posse dos 347 classificados e, sobretudo, até que se realizem novos certames e se convoquem os futuros aprovados. O que ainda não está claro é quantos temporários serão demitidos e quantos devem permanecer no cargo, e onde.
3 comentários em “Conselho Tutelar 2 de Parauapebas vai ao MP por manutenção de contratados”
Boa tarde.. Daqui a pouco vai cuidador e coordenadores, cargos na área da educação para nunca realizar concurso nesta área.
O ministério público deveria é olhar para esses cargos que há pessoas contratadas a mais de 10 anos.
Esses cargos comissionados são verdadeiros currais eleitorais, mantendo a política do toma lá dá cá.
O povo de Parauapebas está tão acostumado com o errado que acha normal fazer um pedido deste.
O errado se transformou em certo, só aqui mesmo. Pessoal é constitucional, esse pedido é imoral, ilegal, inconstitucional etc..
Concurso público era para ser a regra, contratação é somente em alguns casos, Concurso público é uma conquista da sociedade civil.
Vamos fazer valer a constituição!!
Depois vão pedir para não ter mais concurso público@@
Agora bem aí
Boa tarde @@
O legal é que não pensam em fazer um simples processo seletivo. O processo seletivo, é justamente para esses fins.
O certo é um processo seletivo, uma vez que dará possibilidade de outras pessoas adentrarem no serviço público, sem a famosos peixada ou clientelismo políticos instituído no município de Parauapebas.