Conservação da Amazônia em Carajás: uma área do tamanho de 800 mil campos de futebol

Nos últimos três anos, foram mais de 14 mil patrulhamentos realizados por equipe de guardas mantida pela companhia, a fim de garantir a proteção da floresta

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Imagine uma área de floresta amazônica do tamanho de 800 mil campos de futebol. Essa imensidão verde está conservada há cerca de 40 anos no sudeste do Pará em mosaico formado por seis unidades de conservação ambiental. Hoje, 17 de julho, no Dia de Proteção das Florestas e com a COP 30 chegando em Belém, a conservação dessas áreas ganha ainda mais importância e reforça o compromisso do Brasil com a conservação da Amazônia e com a sustentabilidade global.

Toda área é protegida por acordo entre a mineradora Vale e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O conjunto com seis unidades de conservação, fica no sudeste do Pará perto do estado do Tocantins e tem 800 mil hectares equivalente a mais de 800 mil campos de futebol.

A maior dessas unidades é a Floresta Nacional de Carajás com cerca de 400 mil hectares. Além de ter a maior mina de minério de ferro do mundo que ocupa cerca de 2% da unidade, ela abriga, segundo estudos publicados, mais de três mil espécies de animais e plantas. E ainda, mais de 11 mil nascentes de água protegidas. Para proteger essa área, a vigilância é feita por terra, ar e água, além do combate à focos de incêndio.

Nos últimos três anos, foram mais de 14 mil patrulhamentos realizados por equipe de guardas mantida pela companhia. Se somarmos a área percorrida de carro, daria mais de 2,2 milhões de quilômetros, é como se fossem três idas e voltas de Parauapebas a Belém por dia de carro. A pé, os guardas florestais andam uma média de 42 quilômetros, o equivalente a uma maratona diária. Fruto da atuação, entre 2021 e 2023, foram evitadas 422 tentativas de atividades como garimpo ilegal, caça e pesca predatórias e extração de madeira.

Estudo científico comparativo que acompanhou a evolução do território banhado pela bacia do rio Itacaiunas, entre 1973 e 2013 desenvolvido pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) apontou que apenas a área protegida pelo ICMBio e a Vale, é o que restou preservado de floresta amazônica. Imagens de satélite mostram que a área ao redor do conjunto de unidades de Conservação de Carajás e da Terra Indígena Xikrin foi sendo ocupada ao longo dos anos por pastagens e pela urbanização.

Para a guarda florestal, Antônia Marcia Gonçalves da Silva, fazer parte dessa proteção é o maior presente do mundo. “Sempre quis desde a infância em trabalhar com a natureza, cresci próxima a ela, e hoje fazer parte da equipe de guardas, que atua em missões pelo ar, pelo rio e pela mata, em defesa da floresta nos dá uma alegria no coração, é um presente, um sonho realizado e motivo de orgulho maior de contribuir na proteção da floresta, tão importante para toda a humanidade”.

As seis unidades de conservação quem formam o conjunto de Carajás são a Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri, Floresta Nacional do Itacaiunas, Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado e a Floresta Nacional de Carajás. Também o Parque Nacional dos Campos Ferruginosos e a Reserva Biológica do Tapirapé.

(Ascom Vale)