A Prefeitura de Marabá emitiu Nota Oficial em seu site, ontem (25), informando que, “em função de ainda nos encontrarmos em período de pandemia, mesmo com demonstrações evidentes da queda de casos graves em função da vacinação”, as festividades oficiais de virada de ano, que acontecem na orla da cidade, estão devidamente canceladas até que realmente ciclo vacinal (segunda e terceira doses) em todos os cidadãos do município, seja concluído.
A prefeitura informa também que os eventos particulares serão fiscalizados de forma ostensiva visando o cumprimento da apresentação do cartão de vacinação ou teste de Covid-19 com resultado negativo.
“Estas medidas são preventivas e visam a proteção da população para evitar o contágio do vírus, mesmo que com sintomas leves devido à vacinação”, explica a nota.
Por fim, a prefeitura alerta a todos os cidadãos que ainda não completaram o ciclo vacinal, que o façam nas datas previstas no cartão de vacinação. “Vacinas salvam vidas. A prevenção também. A pandemia não acabou”. Com essa advertência, a PMM encerra o comunicado.
Covid-19 acaba com a calma no HMM
Nas últimas semanas, após longo período de tranquilidade no município, em relação à pandemia de covid-19, os casos infecção pelo novo coronavírus cresceram assustadoramente, voltando a lotar os leitos do Hospital Municipal destinados a pacientes de covid-19 e até a UTI da casa de saúde pública.
A um jornal de circulação estadual, o secretário municipal de Saúde, Valmir Silva Moura, deu a simples explicação de que acredita que esse aumento pode ter sido motivado pela transição do período quente e seco para o período chuvoso, que tem contribuído para o aumento dos casos de síndromes gripais.
Aglomerações por todo lado
O que se tem visto na cidade, entretanto, é a realização de shows, como o do cantor Gustavo Lima, recentemente, com grande aglomeração, onde milhares de pessoas se espremiam para assistir ao espetáculo.
Bares e boates seguem lotados, sem fiscalização alguma e já há anúncios e venda de ingressos para festas de virada do ano em locais fechados. Ademais, os espaços de eventos, diversão e academias, cuja lotação máxima era de 40%, tiveram essa lotação aumentada para 75%, conforme decreto municipal recente.
Some-se a isso o abandono, por parte de grande parte da população, do uso de máscaras, do distanciamento, da higienização das mãos. Quem ainda usa a máscara tem sido, em muitas ocasiões, alvo de deboches por estar usando a “focinheira”.
Outros se baseiam em artigos de supostos “especialistas” da internet para argumentar com quem ainda mantêm os protocolos de higiene e prevenção, convencendo aos mais incautos de que, com a vacina, nada disso é mais necessário. Ou seja, a mudança de clima, citada pelo secretário, pode ser o menor dos motivos para o crescimento do número de contaminados.
Por Eleuterio Gomes – de Marabá