A Relatora da CPI, Andréia Zito, a Presidenta Bel Mesquita e a Delegada Gláucia Ésper
A delegada titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) no Distrito Federal, Gláucia Cristina da Silva Ésper, foi ouvida na manhã desta quinta-feira (15/10) em audiência pública realizada na Comissão Parlamentar que investiga o Desaparecimento de Crianças e Adolescentes. Ésper foi categórica ao afirmar que, no Distrito Federal, não existe uma instituição governamental dedicada exclusivamente para tratar do assunto e lamentou a falta de incentivo para combater o problema na capital do País.
– Falta comunicação entre os órgãos e os Conselhos Tutelares deveriam ser unificados. Na verdade, os casos deveriam entrar pelos conselhos por que são questões sociais. Só depois vem a parte criminal. Há casos em que se passam oito meses sem nada ter sido feito. Nesse tempo perdemos provas – lamenta a delegada titular da DPCA.
Gláucia Ésper revelou ainda que não conta com apoio de recursos do Governo Federal, somente quando é feita uma campanha ou são realizados projetos esporádicos. “Nosso trabalho ainda é muito incipiente e, por isso, colocamos nossa vontade pessoal para fazer as coisas acontecerem”, desabafa.
A presidenta da CPI, Bel Mesquita (PMDB/PA) mostrou solidariedade com a situação do Distrito Federal e relatou que o problema da falta de incentivo do poder público tem se constatado em diferentes Estados. “O desaparecimento de crianças e adolescentes é invisível para todos. É como se essa situação não existisse no Brasil”, constata a parlamentar.
A próxima reunião da CPI acontecerá segunda-feira (19/10), na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, quando os integrantes da Comissão tomarão conhecimento da realidade do desaparecimento das crianças e dos adolescentes fluminenses.
Fonte: Line Cássia – ASCOM Dep. Bel Mesquita