A dívida que deve ser paga aos credores locais por empresas prestadoras de serviços da Vale passa dos RS 10 milhões

Credores de várias empresas contratadas da mineradora Vale procuram diariamente a sede da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip) pedindo a intermediação da entidade para receberem seus créditos. As informações foram repassadas à reportagem por Manoel Chaves Lima, Assessor Jurídico da Acip.

Ainda Manoel Chaves, existem registros mais recentes de quatro empresas que estão em débito na praça, que são a Covap, a Santa Bárbara Engenharia S/A., a  SMI e a Alusa, sendo que a Covap já pagou alguns credores, porém, depende do recebimento de um crédito seu junto à Vale, referente a um pleito de ressarcimento que ainda não foi finalizado pela mineradora, para pagar os credores, ou seja, não existe prazo certo para pagamento, cujo débito restante informado à Acip, passa dos R$ 600 mil.

CASO SMI

Já quanto à SMI, esta confirmou à reportagem ser devedora de mais de 18 milhões a fornecedores, dos quais mais de 7 milhões são locais, mas informa ser credora da Vale de valor superior ao seu débito na praça, tendo protocolado na multinacional um pleito de mais de R$ 80 milhões, mas que a Vale reconhece ser devedora de parte do valor pleiteado, tendo inclusive garantido à Acip que a SMI vai pagar a todos os credores, pois seu crédito seria superior ao débito informado e reconhecido pela própria SMI, que autorizou à Vale a reter os valores devidos aos credores e repassar diretamente aos credores, através da Acip, tendo a mesma entidade solicitado da Vale a agilização da apreciação do pleito para que a agonia dos credores não persistam, pois há muitos credores desesperados, pois são muitas empresas atrasando e deixando de pagar, sendo que a insegurança aumenta a cada dia, especialmente pela falta da definição de uma data para pagamento ou pelo menos parte do valor devido, como fez a Covap.

CASO ALUSA

Já quanto à Alusa, 20 credores procuraram a Acip e registraram seus créditos, que ultrapassam os R$  500 mil, mas que o representante da empresa esteve na Acip e informou que também é credora da Vale de medições ainda não recebidas, fato não desmentido pela Vale e que espera até o final de outubro pagar a todos os credores, especialmente os que já registraram seus créditos na Acip, que está intermediando as negociações para pagamento.

CASO SANTA BÁRBARA

Quanto à Santa Bárbara Engenharia S/A, a situação é extremamente grave, pois a mesma já demitiu todos os funcionários, mas não pagou os credores, sendo que informações não oficiais dão conta que a dívida na praça ultrapassaria os R$ 20 milhões, mas os valores conhecidos da Acip a partir dos registros de credores, chega quase a R$ 5 milhões,  haja vista que nem todos os credores são associados a entidade, mas que embora não sejam associados, a Acip informa que os credores podem procurar a Associação, que seus créditos serão registrados.

ACIP EM AÇÃO

É importante frisar o incansável trabalho que vem sendo desenvolvido pela Acip, que começou com o comando de José Rinaldo e está sendo continuado por Oriovaldo Mateus, juntamente com o assessor jurídico, Dr. Manoel Chaves, que não poderia ter sucesso se não contasse com apoio da Vale, que tem sido sensível aos apelos da entidade para agilizar apreciações de pleitos e reduzir ou mesmo acabar com alguns entraves de comunicação entre a Vale e fornecedores, sendo este inclusive um compromisso da Vale, que fará brevemente 2 palestras e cursos na Acip, para mostrar as vantagens do programa INOVE e cursos de capacitação, sem qualquer ônus para os associados.

Está previsto para fim de outubro ou início de novembro a palestra sobre o INOVE, com a vinda de Diretores e Gerentes Regionais do Bradesco e Banco do Brasil, além do Sebrae que vai ministrar os cursos de qualificação profissional, os quais serão conhecidos a partir da pesquisa que está sendo desenvolvida pela Acip, junto aos seus associados, para que informem quais cursos  sejam ministrados

Bariloche Silva